Disputa ao Piratini já tem sete candidatos
Será o menor número de candidatos em uma eleição ao governo do estado desde 1998
A duas semanas do fim do prazo para as convenções partidárias que definirão os candidatos na eleição de 5 de outubro, o quadro da disputa ao Palácio Piratini apresenta sete candidaturas. A se confirmar esse panorama, será o menor número de candidatos em uma eleição ao governo do Estado desde 1998.
Nos pleitos seguintes, legendas novas lançaram-se à disputa, aumentando consideravelmente o número de chapas. O auge desse processo se deu no início da década passada – a eleição de 2002 registrou 12 candidatos ao governo do Estado (chegou a ter 13, mas José Fortunati, do PDT, retirou sua candidatura durante a campanha).
A situação não foi muito diferente nos pleitos seguintes. Em 2006, dez buscaram o Piratini, e, em 2010, foram nove chapas concorrendo. Por isso, se for confirmada a situação atual, a disputa de 2014 terá um ingrediente novo em relação às anteriores: menos candidatos. Isso porque partidos menores devem participar de coligações ao invés de lançar candidatos.
As principais forças da política gaúcha seguem na disputa. PT e PMDB são as únicas legendas a terem lançado candidatura própria nas oito eleições desde a redemocratização. Na nona disputa, neste ano, não será diferente. O governador Tarso Genro (PT) buscará a reeleição, e o ex-prefeito de Caxias do Sul José Ivo Sartori é o candidato do PMDB. Um dos partidos com mais prefeitos no Rio Grande do Sul, o PP lançou a senadora Ana Amélia Lemos. E o PDT, partido com mais filiados no Estado, aposta em Vieira da Cunha. O quinto nome da disputa é Roberto Robaina, do P-Sol. As duas candidaturas que fecham o quadro atual foram definidas neste fim de semana. O PRTB vai disputar o Piratini com Edison Estivalete Bilhalva. E o PCB, em convenção, definiu que terá candidato, só não escolheu o nome.
O PV, que teve candidato próprio em 1998, 2002, 2006 e 2010, negocia uma coligação com o PDT — os verdes se enfraqueceram com a saída de Marina Silva. O PSTU, que lançou Julio Flores ao Piratini em 2002 e 2010, vai compor com o P-Sol. Flores será candidato ao Senado. O PCO, que marcou presença em 2002 e 2006, não participou das últimas eleições com candidatos majoritários.