Quadro eleitoral no RS está completo
Disputa ao Piratini deve ter oito candidatos
Ao se confirmar no TRE-RS, que permaneceria aberto até às 19 horas do sábado no aguardo do registro das candidaturas, o quadro da disputa pelo governo gaúcho deverá ter oito candidatos. Tarso Genro (PT) tenta acabar com a tradição do Estado de não reeleger governador, Ana Amélia Lemos (PP), José Ivo Sartori (PMDB), Vieira da Cunha (PDT), Roberto Robaina (PSol), Humberto Carvalho (PCB), Edison Estivalete Bilhalva (PRTB) e João Carlos Rodrigues (PMN) tentam tirar Tarso do Piratini. Os candidatos ao Senado são Beto Albuquerque (PSB), Olívio Dutra (PT), Simone Leite (PP), Lasier Martins (PDT), Júlio Flores (PSTU), Ciro Machado (PMN) e Rubens Goldenberg (PRP).
O PMDB deve ter o maior tempo de rádio e TV, com cerca de 6min22s. A coligação Um Novo Caminho para o Rio Grande é a que reúne o maior número de partidos: PMDB, PSB, PSD, PPS, PTdoB, PHS, PSL e PSDC. A aliança ainda terá o apoio da Rede Sustentabilidade, da ex-ministra Marina Silva, que tem seus candidatos filiados ao PSB já que não é reconhecido como partido pela Justiça Eleitoral.
A coligação do PT —PTB, PCdoB, Pros, PTC, PPL e PR — foi registrada como Unidade Popular pelo Rio Grande, com tempo estimado para propaganda em 5min30s. O PP tenta voltar a governar o Estado após mais de 30 anos. Seu último governador foi Jair Soares, que assumiu em 1983, quando partido ainda se chamava PDS. Depois dele, o Estado foi governado por PMDB (três vezes), PT (duas vezes), PDT (uma vez) e PSDB (uma vez). O partido vê em Ana Amélia a maior liderança surgida nos últimos anos. A influência da senadora trouxe para a aliança PSDB, Solidariedade e PRB, o que totaliza 4min30s no rádio e na TV.
Para se tornar candidato do PDT, Vieira da Cunha teve de vencer a resistência do partido. Uma parte da sigla defendia a permanência no governo Tarso, onde detinha três secretarias. A coligação Rio Grande Merece Mais, que reúne ainda Dem, PSC, PEN e PV, tem cerca de 3 minutos para propaganda. Robaina, que não conseguiu repetir a coligação com o PCB, se aliou apenas com o PSTU e terá 51 segundo de propaganda. Correm por fora candidatos dos partidos menores: João Carlos Rodrigues, Edison Estivalete e Humberto Carvalho.
Majoritárias devem gastar R$ 81,5 milhões
As candidaturas majoritárias — compostas por governador, vice e senador — pretendem investir R$ 81,5 milhões, segundo dados declarados ao TRE/RS e informados pelos partidos. O PT é o partido que projeta aplicar a maior quantia em sua campanha: R$ 34 milhões, sendo R$ 17 milhões para a campanha de governador e o mesmo valor para a campanha ao Senado. Já o PCB tem a estimativa de gastos mais modesta: R$ 15 mil.
O segundo maior investimento será do PMDB, com R$ 20 milhões. O PP pretende despender R$ 14,5 milhões. Em seguida, vem o PDT, com estimativa de gastos na ordem de R$ 5 milhões.
Depois, figura o PMN, com previsão de investir R$ 5,1 milhões na campanha majoritária. O PRTB pretende aplicar a quantia de R$ 2 milhões. O PSol, por sua vez, declarou ao tribunal a intenção de desembolsar R$ 910 mil divididos entre candidatos ao Piratini e ao Senado.