Eduardo Leite faz declaração ao namorado no discurso de posse
"O Rio Grande do Sul não tem um primeira-dama, mas tem alguém que é de verdade, podem ter certeza!", diz governador durante seu discurso de posse
Um dos momentos mais comentados sobre a cerimônia de posse do governador do Rio Grande do Sul, Eduardo Leite (PSDB), foi quando ele agradeceu seu namorado durante discurso, neste domingo (1º/1).
Eduardo Leite, que foi alvo de diversos ataques homofóbicos, inclusive durante a campanha eleitoral, disse que o RS “não tem uma primeira-dama, mas tem alguém que é de verdade”.
A frase dita pelo governador Eduardo Leite em relação ao seu namorado, é uma referência a um dos ataques sofridos pelo deputado federal Onyx Lorenzoni (PL), que foi seu principal concorrente nas eleições. Durante a campanha, em uma das suas propagandas eleitorais, Onyx disse que se fosse eleito o estado teria “uma primeira-dama de verdade”.
“Muito obrigado, Thalis, por me acompanhar nessa jornada, por entender, compreender. O Rio Grande do Sul não tem um primeira-dama, mas tem alguém que é de verdade, podem ter certeza!”, disse o governador.
A cerimônia de Eduardo Leite aconteceu nesta manhã, na Assembleia Legislativa do estado, em Porto Alegre.
🇧🇷 Eduardo Leite (PSDB) agradece ao seu companheiro Thalis Bolzan, durante discurso em sua posse:
— Central da Política (@centralpolitcs) January 1, 2023
“O Rio Grande do Sul não tem um primeira-dama, mas tem uma pessoa de verdade!”, em referência aos ataques homofóbicos sofridos durante a campanha.pic.twitter.com/3p5Sxi3Wpi
Eduardo Leite terá base de apoio menor em seu segundo mandato
Sem o desafio de aprovar grandes reformas ou privatizações polêmicas, Eduardo Leite terá uma base de apoio menor no segundo mandato. Por enquanto, o consórcio governista abriga sete partidos, três a menos do que os 10 que lhe deram sustentação no início da primeira gestão. Por ora, as sete bancadas somam 28 votos, bem menos do que os 40 deputados que formaram sua base inaugural, a maior que um governador do Rio Grande do Sul já havia montado.
Tamanha conciliação política deu a Leite suporte para aprovar matérias difíceis, como a retirada da Constituição Estadual a necessidade de plebiscito para efetuar a venda de CEEE, Sulgás e CRM, bem como as reformas previdenciária e administrativa, que mexeram em direitos dos servidores. Mesmo antes da posse de seu primeiro mandato, Leite já havia conseguido que a Assembleia chancelasse a prorrogação do aumento das alíquotas de ICMS levado a cabo no governo José Ivo Sartori.
