“Cristo ofereceu perdão para o bandido”, diz Onyx sobre visita de Lula ao Papa
Ministro da Cidadania afirmou a programa de rádio que tem respeito pelo Papa e, como cristão, não pode "julgar ninguém"
O ministro da Cidadania do governo Bolsonaro, Onyx Lorenzoni (DEM), afirmou nesta sexta-feira (14) que não se vê em condições, enquanto cristão, de julgar a decisão do papa Francisco de receber, no Vaticano, o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, condenado pela Justiça nos processos que envolvem o triplex do Guarujá e o sítio de Atibaia, dentro da Operação Lava-Jato. Mesmo com as condenações, Lula foi solto após entendimento do Supremo Tribunal Federal (STF) contrário à prisão após segunda instância (na prática, a execução da pena só terá início quando se esgotarem todos os recursos judiciais).
Ao programa Timeline, da Rádio Gaúcha, Onyx citou a Bíblia e o episódio narrado nos Evangelhos, em que Jesus Cristo teria concedido perdão a um dos criminosos que foram crucificados ao seu lado. Ele lembrou que é evangélico e ressaltou a postura de Cristo, enquanto filho de Deus.
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— Do ponto de vista cristão, o filho de Deus, Cristo, olhou para o lado direito e ofereceu perdão para o bandido que estava crucificado do lado dele. E esse bandido aceitou e foi para o céu. Olhou para o lado esquerdo, ofereceu perdão para o outro bandido, esse bandido se negou a pedir perdão para Deus e foi pro inferno. Se o filho de Deus em quem eu acredito respeitou o livre arbítrio, quem sou eu pra julgar? Eu não posso julgar nada nem ninguém — afirmou.
Questionado se Lula havia utilizado a imagem do encontro para criar um fato político, Onyx respondeu:
— O ex-presidente Lula transforma tudo em ato político . Ele não tem meu respeito. O Papa tem — sentenciou.
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