Após anulação das condenações da Lava Jato, Lula diz ter sido ‘vítima da maior mentira jurídica’
Durante discurso, Lula criticou a forma com que Bolsonaro conduz o combate à Covid-19: "Brasil não precisa de armas e sim de empregos"
Nesta quarta-feira, 10 de março, o ex-presidente Luis Inácio Lula da Silva realizou seu primeiro discurso após a anulação das condenações referente a Operação Lava Jato. No discurso, o ex-presidente fez críticas à Bolsonaro e falou sobre o andamento do seu processo, afirmando ser inocente das acusações que pesam contra ele.
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O ministro Luiz Edson Fachin, do Supremo Tribunal Federal (STF), determinou, nesta segunda-feira (8), a anulação de todas as decisões tomadas pela 13ª Vara Federal de Curitiba (PR) nas ações penais contra o ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva. Como consequência, ficam anuladas as condenações proferidas, tornando o ex-presidente novamente elegível. Clique aqui e leia mais.
Confira o discurso feito no Sindicato dos Metalúrgicos do ABC:
Lula criticou o Governo Bolsonaro, fazendo críticas principalmente à forma com que o presidente conduz o combate à Covid-19. Segundo ele, a população não precisa de mais armas e sim de empregos.
“Esse país não tem governo, esse país não tem ministro da saúde, esse país não tem ministro da economia, esse país tem um fanfarrão, um fanfarrão, um presidente que por não saber de nada diz ‘é tudo por conta do Guedes’. Enquanto isso, o país está empobrecido, o PIB caiu, a massa salarial caiu, o comércio está enfraquecido, o comércio varejista caiu, a produção de comida das pessoas está ficando insustentável. E o presidente não se preocupa com isso”
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Ele também falou sobre a falta de políticas de incentivo econômico e defendeu o pagamento do Auxílio Emergencial enquanto o Governo não consegue criar novos empregos.
Lula afirmou que foi ‘vítima da maior mentira jurídica em 500 anos de História’. Ele lamentou por ter sido impedido de participar dos atos fúnebres do próprio irmão e alegou que a ex-primeira dama Marisa, falecida em 2017, morreu em virtude da pressão exercida sobre sua família.