Trabalhador morre após cair de telhado de casa em Porto Alegre
De acordo com a Polícia Civil, ele havia sido contratado para realizar o serviço e não usava equipamentos de segurança; confira caso parecido ocorrido em Camaquã
Um homem que consertava telhas morreu depois de cair de uma casa de dois andares na Rua Correa Lima, em Porto Alegre. No local, funciona uma clínica geriátrica. De acordo com a Polícia Civil, Rodrigo Souza Soares, de 36 anos, despencou de uma altura de aproximadamente 10 metros, caindo no pátio da residência vizinha.
A delegada responsável pelo caso, Laura Lopes, descarta a possibilidade de que um crime tenha ocorrido.
“Teria sido um acidente de trabalho mesmo, ele estava contratado ali, ele estava arrumando as telhas da casa, e teria caído de uma altura de 10 a 15 metros e acabou falecendo”, explica a delegada.
Segundo ela, o homem estava acompanhado de um colega sobre o telhado no momento da queda e não usava Equipamento de Proteção Individual (EPI). O Serviço de Atendimento Móvel de Urgência (Samu) chegou a ser acionado, mas o Rodrigo não resistiu.
A delegada diz que há possibilidade de responsabilidade civil pela morte, já que o trabalhador deveria estar usando equipamentos de segurança. A vítima trabalhava para uma empresa de construções, contratada pelo proprietário do imóvel. O crime será investigado.
Samu chegou a ser acionado, mas homem não resistiu — Foto: Matheus Felipe/RBS TV
Caso semelhante ocorreu em Camaquã
Na manhã do dia 19 de setembro, um homem caiu de um prédio enquanto realizava a manutenção de uma antena, no Centro de Camaquã. O caso aconteceu na rua Luiza Maraninchi, próximo ao cruzamento com a avenida Presidente Vargas.
Segundo testemunhas, o trabalhador não utilizava qualquer equipamento de proteção individual (EPI), o que poderia ter evitado o acidente.
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A importância do uso de EPI
Todas as atividades profissionais que possam imprimir algum tipo de risco físico para o trabalhador devem ser cumpridas com o auxílio de EPIs – Equipamentos de Proteção Individual, que incluem óculos, protetores auriculares, máscaras, mangotes, capacetes, luvas, botas, cintos de segurança, protetor solar e outros itens de proteção. Esses acessórios são indispensáveis em fábricas e processos industriais em geral.
O uso do EPI é fundamental para garantir a saúde e a proteção do trabalhador, evitando consequências negativas em casos de acidentes de trabalho. Além disso, o EPI também é usado para garantir que o profissional não será exposto a doenças ocupacionais, que podem comprometer a capacidade de trabalho e de vida dos profissionais durante e depois da fase ativa de trabalho.
Para que uma empresa possa conhecer todos os equipamentos de proteção individual que devem ser fornecidos aos seus funcionários, é necessário elaborar um estudo dos riscos ocupacionais. Esse tipo de trabalho facilita a identificação dos perigosos dentro de uma planta industrial, por exemplo, e ajuda a empresa a reduzi-los ou neutralizá-los.
É obrigação dos supervisores e da empresa garantir que os profissionais façam o uso adequado dos equipamentos de proteção individual. Os EPIs devem ser utilizados durante todo o expediente de trabalho, seguindo todas as determinações da organização.
No caso de equipamentos perdidos ou danificados, é responsabilidade da empresa substituí-lo imediatamente. O uso adequado e responsável do EPI evita grandes transtornos para o trabalhador e, também, para a empresa, além de garantir que as atividades sejam desempenhadas com mais segurança e eficiência.
Os equipamentos de proteção individual devem ser mantidos em boas condições de uso e precisam ter um Certificado de Aprovação do órgão competente para garantir que estão em conformidade com as determinações do Ministério do Trabalho. Empregados e empregadores devem compreender a importância do uso de equipamentos de proteção no dia a dia da empresa.