Susepe forma 692 novos servidores
A Superintendência dos Serviços Penitenciários (Susepe) realizou, nesta segunda-feira (27), a formatura dos 692 novos servidores da instituição. A cerimônia ocorreu no Auditório Araújo Vianna, em Porto Alegre, e contou com a presença do governador José Ivo Sartori, do secretário da Segurança Pública, Wantuir Jacini, e do presidente da Assembleia Legislativa, deputado estadual Edson Brum.
Sartori salientou a importância do respeito aos servidores públicos, essencial para a prestação dos serviços com qualidade. “É com essa filosofia que trabalhamos. Estamos fazendo todos os esforços para manter a folha de pagamento em dia e oferecermos as melhores condições de trabalho”, afirmou. Com relação à Segurança Pública, o governador disse não se tratar de trabalho para um homem e nem para um governo. “É preciso uma mudança de pensamento nacional para que se construa uma política séria para o setor, principalmente para o sistema prisional”, acrescentou.
O secretário Wantuir Jacini frisou que o tratamento penal está baseado em quatro eixos: o trabalho, a educação, a assistência em saúde e a assistência religiosa. “No Brasil não temos pena de morte nem prisão perpétua, o que garante que todo preso vai voltar para a sociedade. É fundamental que estes eixos sejam cumpridos, pois queremos promover o retorno destas pessoas em condições melhores do que aquelas nas quais eles ingressaram no sistema prisional”, disse.
O ingresso dos novos técnicos e agentes promoverá o complementação dos efetivos em todas as regiões funcionais da Susepe, seja por meio do direcionamento dos recém-formados ou pela realocação dos servidores antigos. Setenta e sete novos agentes penitenciários serão lotados na Penitenciária de Alta Segurança de Charqueadas (Pasc), 65 na Penitenciária Estadual de Canoas I, 56 no município de Porto Alegre e 72 na região da Serra. Os técnicos superiores já foram lotados nos locais previstos, abrangendo todas as regiões do Estado.
Para a superintendente da Susepe, Ane Stock, a população carcerária e a comunidade gaúcha como um todo serão beneficiadas. Segundo ela, será possível trabalhar ainda mais a reinserção social dos apenados. “Estaremos acompanhando de perto o processo, sempre em busca do aprimoramento constante dos serviços prestados pela instituição”, garantiu.
O dobro do tempo de formação a um custo 77,6% inferior
A formação, coordenada pela Escola dos Serviços Penitenciários (ESP), englobou cerca de 500 horas de aulas teóricas e mais de 100 horas de estágio supervisionado. O diretor da ESP, João Eduardo Reymunde, saudou a escolha do atual governo em optar pelos serviços da Escola, o que resultou em uma redução de 77,6% nos gastos. A última edição do curso, ocorrida em outubro de 2014, foi ministrada por uma empresa terceirizada e custou aos cofres públicos R$ 1,2 milhão. “Nós aumentamos a duração de 30 para 60 dias, permitindo uma melhor aprendizagem, a um custo de R$ 280 mil”, ressaltou.