Polícia Civil realiza “Operação Buff” para combater associação criminosa no RS
Operação apura práticas de licitação de atividades destinadas à Secretaria de Estado de Inovação, Ciência e Tecnologia
Operação Buff: Nesta segunda (13), a Polícia Civil, por meio da 1ª Delegacia de Polícia de Combate à Corrupção (1ª DECOR/DCCOR), do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic), desencadeou a 2ª fase da Operação Buff, com o objetivo de apurar a prática de, em tese, crimes licitatórios, corrupção e associação criminosa em prejuízo do Estado do Rio Grande do Sul, notadamente a partir de licitação destinada à contratação de curso online de desenvolvimento de jogos eletrônicos pela Secretaria de Estado de Inovação, Ciência e Tecnologia.
Na ocasião, cumpriu-se mandado de busca e apreensão na residência de servidora pública estadual na zona sul da Capital, que, à época dos fatos, encontrava-se lotada na Secretaria, mas veio a ocupar funções em associação que também é suspeita das práticas investigadas desde novembro do ano passado.
No momento do desencadeamento da 1ª fase da Operação, foram cumpridos sete mandados de busca e apreensão nos municípios de Pelotas, Rio Grande, São Francisco de Paula e Porto Alegre, nas sedes de uma associação, duas empresas e nas residências de empresários suspeitos das práticas delitivas.
Segundo o delegado de Polícia Max Otto Ritter, as ações possuem por objetivo comprovar o conluio entre os investigados, visto que os orçamentos utilizados para a formação do preço de referência partiram de empresas e de associação que, aparentemente, possuem vínculos estreitos não apenas entre si, mas também com servidores públicos, tal como apontaram as provas coletadas no curso das investigações e que embasaram as novas diligências policiais.
As práticas foram detectadas inicialmente pela Contadoria e Auditoria-Geral do Estado, Procuradoria do Estado e a Assessoria Jurídica vinculadas à Secretaria de Estado de Inovação, Ciência e Tecnologia, que apontaram para a possível ocorrência de tentativa de fraude ao caráter competitivo do certame, visando à obtenção, pelos investigados, de vantagem decorrente da adjudicação do objeto da licitação, a qual visava ao atendimento de público interessado na profissionalização no setor de jogos eletrônicos.
*Fonte: Polícia Civil.
