Operação Judas: Agentes penitenciários são presos por facilitar entrada de celulares em presídio
Segundo a polícia, os celulares eram entregues pelos familiares de um apenado aos agentes penitenciários no interior de potes com doce de figo e abóbora
A Polícia Civil realizou nesta quinta-feira (19) a terceira fase da Operação Judas, que combate crimes de corrupção ativa e passiva que seriam praticados por agentes penitenciários e apenados em São Sepé, na Região Central. Dois agentes, de 46 e 49 anos, foram presos preventivamente por suspeita de facilitar a entrada de telefones dentro do presídio estadual do município.
A Superintendência de Serviços Penitenciários (Susepe) afirma que apoia as investigações. “Serão tomadas todas as providências cabíveis para apuração de eventuais condutas ilícitas dos servidores”, diz o órgão.
A irmã de um deles, de 43 anos, e um homem de 38 anos que cumpre pena com tornozeleira eletrônica também tiveram a prisão preventiva decretada. Os mandados, assinados pelo juiz Frederico Ribeiro de Freitas Mendes, foram cumpridos pela Polícia Civil durante o dia.
Segundo a polícia, os celulares eram entregues pelos familiares de um apenado aos agentes penitenciários no interior de potes com doce de figo e abóbora.
A operação foi batizada pela Polícia Civil de “Judas”, em referência ao apóstolo que traiu Jesus.
“Trata-se, ademais, de crimes graves, não só por ser cometido por agentes que deveriam primar pela segurança e devida ordem legal do estabelecimento prisional”, disse o juiz na sentença.
A Justiça também determinou a suspensão do exercício de função pública, a entrega de armas de fogo pertencentes ao estado e particulares e a suspensão do porte de arma. Eles também estão proibidos de manter contato com agentes penitenciários, vítimas do esquema e testemunhas.
Operação Judas: Agentes penitenciários são presos por facilitar entrada de celulares em presídio.