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Operação desarticula quadrilha que aplicava golpes do cartão clonado e do motoboy no RS

Operação Alcateia foi realizada para coibir crimes praticados em todo o Rio Grande do Sul pela organização criminosa


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 08/12/2020
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Na manhã desta terça-feira (08), a Polícia Civil deflagrou a Operação Alcateia, com o objetivo de desarticular uma organização criminosa estruturada para o cometimento reiterado de crimes de estelionato, na modalidade Golpe do Cartão Clonado ou Golpe do Motoboy, nas cidades de Santa Maria, Cachoeira do Sul, Rio Pardo, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Erechim, Caxias do Sul e Soledade. Estão sendo cumpridos 20 mandados de prisão preventiva e 56 mandados de busca e apreensão, em Santa Maria, São Paulo, São Caetano do Sul, Pindamonhagaba, Caieiras, Santana de Parnaíba, Praia Grande e Cajamar. Até o momento 14 pessoas foram presas, sendo 12 em Santa Maria e 2 em Pelotas.

Segundo a investigação, que vem sendo realizada há seis meses, a base da organização é na cidade de São Paulo/SP, mas a atuação se dá em diversos estados, dentre os quais o Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Piauí, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. No Rio Grande do Sul foram praticados crimes nas cidades de Santa Maria, Cachoeira do Sul, Rio Pardo, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Erechim, Caxias do Sul e Soledade. Apenas na cidade de Santa Maria, no período 1º de janeiro até 1º de dezembro de 2020, foram praticados 67 golpes, com prejuízo às vítimas totalizando em mais de R$ 550.000,00 (quinhentos e cinquenta mil reais).

Modus operandi: Tudo começa com a realização de uma ligação para a vítima, geralmente pessoa idosa, onde o interlocutor identifica-se falsamente como funcionário de uma central de monitoramento de cartões, e solicita confirmação de supostas compras, via de regra, realizadas em outros Estados. A vítima relata que não foram autorizadas as “supostas” compras e nem autorizadas. Em seguida, o criminoso orienta a vítima a ligar para o seu banco, para o número existente no verso do cartão bancário. Então, a vítima, acreditando que foi alvo de uma “clonagem” de cartão, liga para o número verdadeiro da central bancária, mas os criminosos desviam a sua ligação por meio de uma central telefônica que tem instalado o sistema “URA” (equipamento para call center).

A partir daí, a vítima passa a falar com outro criminoso, que se identifica como funcionário de uma central de segurança do banco, confirma que o cartão da vítima foi clonado e que estão sendo feitas compras. Então, esse suposto funcionário diz que será necessário realizar um procedimento de bloqueio do cartão e também uma “investigação de clonagem”. 

Dessa forma, a vítima é orientada a inserir alguns dados pelo teclado do telefone, dentre os dados solicitados está a senha do cartão, que é inserida pela vítima quando uma gravação eletrônica preparada pelos criminosos, a solicita. A todo o momento o estelionatário está do outro lado da linha dizendo que a ligação é segura e está sendo gravada. Também, a vítima é orientada a cortar ao meio o seu cartão bancário, sem danificar o chip, escrever uma carta de contestando as supostas compras e autorizando uma “investigação junto ao banco e Polícia Civil ou Federal”. Em seguida, é solicitado que a vítima entregue o cartão cortado e a carta, dentro de um envelope lacrado (com cola e grampos), em uma agência de outro estado, naquele mesmo dia. Por óbvio, a vítima diz que não tem condições de fazer isso. Então, o criminoso fala que irá mandar um representante até a casa da vítima para recolher o envelope com o cartão e a carta. Dessa forma, outro criminoso vai até a casa da vítima e apanha o seu cartão.

Os criminosos comunicam-se o tempo todo e a senha é repassada para o indivíduo que está em posse do cartão. Assim, são feitos saques e compras via máquinas de cartão débito/crédito, que estão em poder do indivíduo que apanhou o cartão. Nesse mesmo período o criminoso que está falando com a vítima solicita que o seu aparelho celular seja desligado por algumas horas, para que sejam feitas atualizações de segurança. Isso faz com que a vítima não receba alertas enviados pelo banco a respeito dos saques, compras e transferências efetuados pelos golpistas.

Ademais, é importante ressaltar que a organização criminosa possui bases em São Paulo/SP e que apenas os indivíduos que recolhem os cartões deslocam-se para as cidades onde estão as vítimas. Esses são os chamados “motocas” ou “retiras” e a todo o momento há comunicação entre eles e sua “base”, em São Paulo. O local de onde partem as ligações já foi identificado e será realizado mandado de busca e apreensão. Ainda, há fortes indícios de que essa organização criminosa possui ligações com a facção criminosa PCC. Também, os criminosos utilizam-se das restrições impostas pela pandemia de Covid-19 para fazer com que as vítimas não se desloquem até a agência bancária.

A DPICOI já identificou 43 pessoas com participação direta e indireta nos crimes. Foi constatado e comprovado, por diversos meios investigativos, que a organização criminosa pratica crimes em diversos estados do país, sendo que podem ser citados os estados: Rio Grande do Sul, Santa Catarina, Paraná, Piauí, São Paulo, Espírito Santo e Rio de Janeiro. Ainda, no Rio Grande do Sul, somente no período em que a investigação se desenrola, foram praticados crimes nas cidades: Santa Maria, Cachoeira do Sul, Rio Pardo, Passo Fundo, Pelotas, Rio Grande, Erechim, Caxias do Sul e Soledade. Apenas na cidade de Santa Maria, no período 01 de janeiro de 2020 até a data de 01 de dezembro de 2020 foram praticados 67 golpes desse tipo, com prejuízo às vítimas totalizando mais de R$ 550.000,00 (quinhentos e cinquenta mil reais). No decorrer das investigações, em Santa Maria e Pelotas, já foram presos 16 indivíduos em flagrante pela prática desse crime.

Dentre os alvos que possuem mandados de prisão há indivíduos com atuação no recolhimento dos cartões “motocas”, as “telefonistas”, responsáveis pelo trabalho de instalação da central com o sistema “URA” e também pelo local de onde são feitas as ligações, os responsáveis pela “fiscalização” das transferências bancárias, as pessoas que emprestam suas contas para os depósitos (“laranjas”), e os que fornecem os dados das vítimas.

Apurou-se que os dados das vítimas são vendidos para os criminosos por uma empresa. Foi apurado que os criminosos compraram os dados de 62.000 (sessenta e duas mil) pessoas e que a quase a totalidade dos dados são de pessoas idosas. Dentre os dados há as seguintes informações: nome completo, data de nascimento, endereço completo, telefones fixo e celular, email, escolaridade, profissão, aposentadoria (sim ou não), se a pessoa possui banda larga, renda, banco utilizado e agência bancária.

Essa é a forma pela qual os criminosos conseguem dar credibilidade a sua conduta. Pois, assim, a vítima acredita que está falando com um representante da central ou do banco. Devido ao fato de os estelionatários iniciarem o contato com a vítima com a desculpa de que estão tentando ajudar, a sua atuação foi comparada à expressão “lobo em pele de cordeiro”, motivo pelo qual a operação foi batizada de “Operação Alcateia”.

A ação contou com apoio da Polícia Civil de São Paulo, sendo 18 policiais de Santa Maria, seis de Pelotas, 140 policiais civis de São Paulo e 68 viaturas. Maiores informações podem ser obtidas com a delegada Débora Dias, titular DPICOI (Delegacia de Proteção ao Idoso e Combate à Intolerância) de Santa Maria.


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