Operação Camaleão: Quadrilha é investigada por clonar e revender carros alugados no RS
A ação reuniu 80 agentes de nove municípios do Estado, até o momento, 14 pessoas haviam sido presas e 10 automóveis foram apreendidos
Polícia Civil cumpriu 17 mandados de prisão contra uma quadrilha especializada em furto de carros. A ação reuniu 80 agentes de nove municípios do Rio Grande do Sul, sendo realizada nesta quinta-feira (10). De acordo com informações divulgadas pelo GZH, até as 7h, 14 pessoas haviam sido presas e 10 automóveis foram apreendidos.
Conforme a apuração, os investigados recrutavam laranjas para alugar os veículos de três grandes locadoras da Região Metropolitana e não devolviam os carros. Após o furto os automóveis eram clonados e revendidos, muitas vezes, em plataformas digitais por preços muito abaixo do valor de mercado, sendo até mesmo vendidos para outras quadrilhas. Alguns foram enviados até para o Uruguai.
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Segundo a polícia, os investigados gostavam de ostentar com festas e passeios de lancha e jet ski em Balneário Camboriú, em Santa Catarina. Por meio da lavagem de dinheiro, eles também compravam mansões em condomínios luxuosos no Litoral Norte e em cidades próximas a Porto Alegre. Um deles foi flagrado dirigindo um Mustang de cor amarela em São Leopoldo, no Vale do Sinos, avaliado em mais de R$ 400 mil.
A quadrilha é alvo de investigação da Delegacia de Roubo de Veículos do Departamento Estadual de Investigações Criminais (Deic). O titular, delegado Rafael Liedtke, informou que o primeiro roubo atribuído ao grupo ocorreu em março deste ano.
Na ocasião, um suspeito foi preso em flagrante em uma residência em Tramandaí. Ele estava com dois veículos clonados e com alerta de roubo. A partir deste fato, Liedtke instaurou inquérito e descobriu que eram usados documentos falsos e laranjas para alugar os carros em locadoras.
Conforma informações divulgadas pelo GZH, os agentes descobriram a forma de agir da quadrilha: como os automóveis não eram devolvidos após as locações, eles tinham placas, numerações nos vidros, chassi e motor adulterados, bem como documentos.
As ordens judiciais são cumpridas em Porto Alegre, Capão da Canoa, Xangri-lá, Tramandaí, Sapucaia do Sul, Gravataí, Alvorada, Lajeado e São Leopoldo. Os crimes investigados são associação criminosa, roubos e furtos de veículos, porte ilegal de armas de fogo, receptação de veículos, adulteração de sinais identificadores, clonagem, falsificação de documentos públicos, uso de documentos falsos, apropriações indébitas e estelionato.
*Fonte: GZH.