Número de vagas no sistema penitenciário gaúcho preocupa
Secretário Estadual de Segurança Pública destaca o alto custo para a abertura de novos espaços
Apesar da redução dos índices de criminalidade gaúchos em 2017, a segurança pública continua sendo uma das maiores preocupações da população.
No ano passado, houve uma redução significativa nos latrocínios, de 26,2% em comparação com 2016. Entretanto, houve registro de aumento em roubos de veículos, de 1,4%; e de crimes contra a mulher: mais 1,3% em ocorrências de lesão corporal e mais cinco vírgula cinco por cento de estupro.
Para o Secretário Estadual de Segurança Pública, Cézar Schirmer, o apoio da União no setor é fundamental para o Rio Grande do Sul. Ainda de acordo com Schirmer, a legislação brasileira precisa ser revista: “A legislação brasileira é ótima para Suécia, Finlândia, Dinamarca, países onde a criminalidade muito baixa. Essa legislação para o nosso país é um desastre. O Governo Federal tem que mudar a legislação.
O Governo do Estado tem registrado, ainda, um problema de falta de vagas no sistema penitenciário. Com isso, presos chegam a permanecer muito mais tempo do que o permitido em delegacias – além de serem identificadas prisões em viaturas, lixeiras e, até mesmo, postes.
O Secretário Estadual de Segurança Pública, Cézar Schirmer, ressalta que o custo para a abertura de uma nova vaga no sistema prisional é muito alto. “O presidio custa muito caro. Uma vaga no presidio custa R$ 60 mil. Cada preso custa R$ 60 mil”, revela.
Em mais uma tentativa de solucionar o problema, o Governo Federal anunciou a construção de um novo presídio de segurança máxima no município de Charqueadas.
O Secretário Schirmer destaca que a licitação para o início das obras está quase pronta: ‘‘A obra é federal. Nosso papel foi viabilizar um espaço físico. Nesse momento existe um edital de licitação, para construção do Presídio de Charqueadas, quase pronto.”
A Penitenciária de Canoas também deve ser completamente aberta nos próximos meses.