Subiu para nove o número de envolvidos no ataque a banco em Criciúma que foram detidos até o momento. O crime ocorrido no sul de Santa Catarina, envolveu pelo menos trinta pessoas diretamente. As prisões mais recentes ocorreram na cidade de Gramado, na Serra Gaúcha, onde dois homens foram detidos durante a manhã desta quinta-feira, 3 de novembro.
Durante entrevista coletiva, a Polícia Civil informou que um dos criminosos tem envolvimento com a maior facção do país, com origem em São Paulo, Estado do qual sete dos suspeitos presos são originários. A delegada Nadine Anflor, chefe da Polícia Civil, informou que as prisões aconteceram durante o cumprimento de um mandado de busca e apreensão em uma residência.
A participação dos presos em Gramado no ataque em Criciúma ainda não foi detalhada.
As prisões
O vice-governador e secretário da Segurança Pública do RS, Ranolfo Vieira Júnior, afirmou as forças de segurança gaúchas vem trabalhando de forma integrada com Santa Catarina. Informou ainda que as prisões são de pessoas são com participação direta ou indireta com o crime em Criciúma.
No início da manhã, outra prisão foi comunicada no Litoral Norte do RS. Ela aconteceu em uma residência no limite entre os municípios de Três Cachoeiras e Morrinhos do Sul. Um homem natural do Paraná foi preso no local. Com ele, foram apreendidos roupas sujas de sangue, que indicam que parte do bando pode ter passado pelo local. Há suspeita de que um ou até dois criminosos tenham sido baleados durante o assalto. Quando foi ouvido de maneira informal pelos policiais, o preso alegou que recebeu R$ 5 mil para ir até este sítio e queimar tudo que estava no local.
“As circunstâncias da prisão e objetos apreendidos levam a crer que essa casa possa ter servido de base de transição para essa quadrilha, após o fato ocorrido em Criciúma”, disse o vice-governador.
Dos presos, nenhum é natural do Rio Grande do Sul – a maior parte é do Estado de São Paulo. O superintendente da Polícia Rodoviária Federal (PRF) Luís Carlos Reischak explicou que os três presos em Passo de Torres apresentaram identidades falsas, mas os policiais confirmaram que dois deles já eram foragidos. O trio estava em um Citroen, transportando R$ 49 mil.
Antes dessa prisão, outros dois homens já haviam sido presos também pela PRF na BR-116, em São Leopoldo, no Vale do Sinos. Eles estavam a bordo de um HB20, onde foram encontrados cerca de R$ 8 mil. Os dois não quiseram informar o que estavam fazendo no Estado. Há suspeita de que o veículo tenha sido usado como um batedor — para tentar evitar que os demais fossem identificados em barreiras policiais, por exemplo.
Ainda foi presa uma mulher em São Paulo, em uma casa onde foram apreendidas munições de fuzil e drogas. Ela é companheira de um líder de quadrilha investigado por outros roubos em São Paulo.
O roubo