Justiça decreta prisão preventiva de apoiador de Bolsonaro que matou petista a tiros
Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, foi morto a tiros na própria festa de aniversário; policial penal federal Jorge Guaranho permanece internado
Na manhã desta segunda-feira, 11 de julho, a Justiça decretou a prisão preventiva do apoiador de Bolsonaro que assassinou tesoureiro do PT a tiros em Foz do Iguaçu, no oeste do Paraná. O anúncio foi feito em coletiva do Ministério Público do Paraná (MP-PR).
O crime ocorreu na madrugada de domingo (10) e foi gravado por câmeras de videomonitoramento. Marcelo Aloizio de Arruda, de 50 anos, foi morto a tiros na própria festa de aniversário policial penal federal Jorge Guaranho.
Imagens de uma câmera de segurança externa registraram o momento em que um apoiador do presidente Bolsonaro discute com o tesoureiro do PT Marcelo Aloizio de Arruda, antes de matá-lo a tiros (assista abaixo).
O promotor de Justiça Tiago Lisboa Mendonça informou que, a partir de agora, o Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco) fará parte da equipe de investigações. Ele afirmou que alguns pontos cruciais precisam ser apurados.
“Vários pontos precisam ser esclarecidos. Qual razão ele esteve no local? Foi apurado de que ele era membro de uma associação da região. Em razão de que ele poderia estar ai fazendo rondas externas que eram feitas, mas é necessário apurar se dentro dessa ronda, ia até aquele ponto específico. […] Outro motivo é se havia alguma indicação de que ali ocorria festa temática, música e afins. […] Para a apuração talvez façamos a reprodução simulada dos fatos. […] Querermos esclarecer os fatos, por qual razão esse crime bárbaro foi cometido e punir o responsável ou responsáveis.”
Sobre a prisão preventiva de Jorge, que permanece internado, o promotor informou que foi decretada na manhã desta segunda e que assim que o agente estiver em condições, será ouvido.
Embora ele se encontre internado, o estado de saúde do suspeito é grave. Ele teve a prisão decretada e está em escolta da polícia militar. De acordo com o promotor, tão logo se reestabeleça, o suspeito será ouvido. Uma audiência de custódia será realizada assim que ele estiver em condições.
Confira as imagens que mostram o ocorrido: