Homem é preso no RS após forjar o próprio sequestro
O homem era servidor da prefeitura de Farroupilha; ele foi preso em Florianópolis, dias após ser considerado desaparecido
Nesta quarta-feira (31), um servidor da prefeitura de Farroupilha, de 38 anos, foi preso pela Polícia Civil e acabou exonerado do cargo após forjar o próprio sequestro. Dias após ser considerado desaparecido, ele foi preso em Florianópolis, portando três armas de fogo.
Para elucidação do caso, foram mobilizadas delegacias do Rio Grande do Sul e de Santa Catarina. Conforme as informações repassadas pela Polícia Civil, logo após o registro do desaparecimento, por volta das 21h10min da terça-feira (30), os trabalhos de investigação iniciaram.
Enquanto a companheira dele prestava depoimento na DP sobre o desaparecimento, um número de área de cobertura 48 (Santa Catarina) ligou para ela fazendo um pedido de resgate pois, supostamente, havia sequestrado seu marido. Diante disso, a investigação passou a tratar o caso como Extorsão Mediante Sequestro, em que o servidor seria a vítima do sequestro e a companheira dele vítima da extorsão.
As investigações descobriram que, na verdade, o homem comprou passagem na rodoviária de Farroupilha às 15h59min da terça-feira (30), foi até Bento Gonçalves, onde posteriormente pegou outro ônibus para Porto Alegre e, por volta das 23h, embarcou para Florianópolis. Descobriu-se que o até então desaparecido havia comprado uma passagem de retorno para Porto Alegre durante o início da tarde desta quarta-feira (31).
Logo, a Polícia Civil de Santa Catarina foi acionada e fez abordagem do homem, que já tinha embarcado no ônibus com destino ao Rio Grande do Sul. Durante a revista pessoal foi constatado que ele estava em posse de três armas de fogo cujo registro consta em seu nome, todavia ele não possui o porte.
Em depoimento, ele admitiu que tinha dívidas em Farroupilha. Contou que algumas pessoas deram dinheiro para ele para que fossem feitos investimentos, porém, sem o retorno devido dos valores, ele teve a ideia de fugir.
Ele segue preso acusado de extorsão e porte ilegal de arma de fogo. Como a prisão em flagrante foi feita em Santa Catarina, o Judiciário local decide se ele permanece preso, no estado vizinho ou no RS, ou se pode responder em liberdade.
