Homem é executado após assediar enteada de traficante
Corpo foi encontrado com 47 marcas de tiros
A Polícia Civil de Cachoeirinha concluiu, nesta terça-feira (31), que Elias Éverton Demétrio de Moraes, de 34 anos, morreu executado por ter assediado a enteada de um chefe do tráfico de drogas na região Metropolitana.
O corpo foi encontrado, na madrugada de 22 de dezembro, com 47 marcas de tiros, na divisa entre Canoas e Cachoeirinha.
Conforme a corporação, a vítima, que fazia parte de uma facção atuante no bairro Rio Branco, em Canoas, assediou uma adolescente, de 14 anos, tentando convencer a menina e uma amiga dela participarem do crime de extorsão conhecido como ‘golpe dos nudes’.
A menina havia recusado a proposta, mesmo após promessas de repassar parte dos valores obtidos com o delito.
Ao ficar ciente do fato, a mãe da jovem agrediu o homem e pediu a traficantes do grupo para expulsarem Elias do bairro. Conforme informações de Guaíba FM.
O homem então, passou a ameaçar a família da adolescente e a dizer que havia aderido a uma facção rival.
A mãe relatou os fatos ao companheiro – homem, de 28 anos, em reclusão numa penitenciária de Charqueadas, mas ainda considerado chefe do tráfico no bairro Rio Branco.
Conforme as investigações, de dentro do presídio, ele mandou o tio da jovem, de 25 anos, matar o acusado para se vingar do assédio.
Segundo o delegado Carlos Assis, o autor do crime está preso desde o dia 26 e, nesta terça, a Polícia cumpriu um mandado contra o padrasto da adolescente.
A investigação trabalha com a suspeita que Elias tenha sido atraído para uma emboscada.
“Ele [Elias] acabou procurando a própria morte, ao assediar o a enteada do dono da boca em que traficava. Eles [autores do crime] atraíram a vítima, que foi até o local acreditando que tudo estaria resolvido. Lá, o arrebataram e o assassinaram”, declarou Assis.
Os suspeitos já possuíam antecedentes por homicídio, tráfico de drogas, associação ao tráfico, roubo e furto.
As investigações avançam para a identificação de outros envolvidos, assim como a prisão da companheira do mandante do crime, considerada foragida.