Homem é detido durante passagem da tocha em Porto Alegre
Jovem foi detido pela Força Nacional ao tentar jogar água no símbolo olímpico
O receio de que manifestações contrárias à realização dos Jogos Olímpicos do Rio de Janeiro atrapalhassem o revezamento da tocha olímpica em Porto Alegre acabou não se confirmando. Não que não tenham ocorrido protestos ao longo do percurso de 15 quilômetros. Um jovem foi detido pela Força Nacional ao tentar jogar água no símbolo olímpico.
Antes mesmo do início do revezamento, três manifestantes levantaram, junto ao palco no Parque Moinhos de Vento, cartazes contra o presidente interino Michel Temer. Imediatamente algumas senhoras reclamaram, alegando que “não era hora”.
Uma nova manifestação, desta vez com mais faixas e cartazes, também dirigida ao Governo Temer aconteceu quando o revezamento parou em frente à Praça Júlio de Castilhos. A reação mais forte, no entanto, foi vista no início da noite. Quando passou em frente à Casa do Estudante, na avenida Salgado Filho, houve vaias e um rapaz foi detido por homens da Força Nacional após tentar jogar água na tocha. Ele foi encaminhado à 3ª DPPA para registrar ocorrência e liberado por volta das 20h.
Quando a chama passou pelo viaduto Otávio Rocha, na Borges, novos gritos de “Fora Temer” foram ouvidos. No Largo Glênio Peres, um homem tentou subir no palco do evento, mas foi contido. Parou por aí, a maioria do público que seguiu o símbolo preocupou-se mais em tirar fotos tanto da chama quanto de atletas, quando era o caso, do que protestar.
Quanto ao trânsito, a passagem da tocha gerou congestionamento em alguns pontos, pois o comboio era enorme – havia caminhões e viaturas de escolta antes e depois da tocha. Contudo, as vias foram sendo liberadas a medida que o último veículo do comboio passava.
Nesta sexta-feira, o revezamento da tocha olímpica passa pela Região Metropolitana (Canoas, Esteio e Novo Hamburgo) e pela Serra (Gramado, Canela, Nova Petrópolis e Caxias do Sul). O trajeto será retomado no sábado, em Bento Gonçalves, antes de ir para Torres, última passagem do símbolo olímpico pelo Rio Grande do Sul, e seguir para Sombrio, em Santa Catarina.