Estuprador em série é preso após ataques em Porto Alegre

Segundo a polícia, o homem agia sozinho no bairro Cidade Baixa e usava arma de fogo.

“Em 1989, tem registro de roubo com lesão a vítima no mesmo bairro de Porto Alegre. Ele age nesse bairro desde ’89’ com crimes violentos”, observa o delegado Rafael Liedtke.

Suspeito de cometer pelo menos quatro estupros e oito sequestros, ele foi reconhecido pessoalmente por duas vítimas, submetido a coleta de material genético e encaminhado à cadeia. Conforme a polícia, ele preferiu ficar em silêncio.

De acordo com o delegado, o homem estava foragido do sistema prisional desde o dia 16 de junho, quando fugiu da Fundação Patronato Lima Drummond, na Capital, onde cumpria pena por outro crime em regime semiaberto.

Conforme a polícia, quatro dias após o estupro do dia 7, pelo qual foi preso na terça, o mesmo suspeito abordou outra vítima, no mesmo supermercado, na Rua Lima e Silva, em Porto Alegre, por volta das 11h. Assim como no crime anterior, ele anunciou estar armado e ordenou que a vítima dirigisse até um local isolado.

“Entra pelo banco de trás de uma vítima, uma mulher de 43 anos, e determina que ela dirija o carro. A vítima sugere para ele ir até um posto de combustíveis para ela sacar dinheiro e dar dinheiro para ele. Quando ela desce no posto, ela avisa a polícia e foge”, relata o delegado Rafael Liedtke.

Percebendo o que aconteceu, o suspeito fugiu com o carro e o abandonou no bairro Cidade Baixa.

“Estou pedindo mais uma prisão preventiva [pelo roubo do veículo] para que ele fique preso com dois inquéritos”, afirma o delegado, que investiga o crime do dia 11.

A delegada Tatiana Bastos, responsável por investigar os estupros, afirma que, em todos os casos, o suspeito agia da mesma forma, abordando mulheres em estacionamentos de supermercados ou hospitais em Porto Alegre. As vítimas têm entre 20 e 47 anos.

“Após a abordagem, o agressor entrava no veículo das vítimas, sentava-se no banco traseiro ou no banco do carona e as obrigava a conduzirem seu próprio veículo até uma agência bancária ou caixas de autoatendimento para sacarem dinheiro, e as levava até locais ermos, onde eram estupradas”, relata a delegada.