Dupla é acusada por assassinato de adolescente gaúcha de 15 anos
Letícia Torquato Pereira, adolescente de apenas 15 anos, foi morta por dupla em virtude de ciúmes de uma relação amorosa
O Ministério Público do Rio Grande do Sul (MPRS) denunciou, no dia 2 de maio de 2022, duas pessoas pelo assassinato de Letícia Torquato Pereira, adolescente gaúcha de apenas 15 anos, morta em 2020. Ana Cristina Araújo da Rosa, 55 anos, e Jonatha Comeli Fontans, 20, vão responder na Justiça por homicídio triplamente qualificado (motivo torpe, à traição e recurso que dificultou a defesa da vítima) e ocultação de cadáver.
Os réus estavam presos temporariamente, mas, em 4 de maio, um deles teve a preventiva decretada e o outro foi solto mediante cumprimento de medidas cautelares.
Nesta terça-feira, 10 de maio, a promotora de Justiça que atua no caso, Luciane Feiten Wingert, entrou com recurso contra a soltura deste réu.
Na denúncia, a promotora explica que a dupla matou Letícia em data e local incertos após o dia 18 de setembro de 2020 e, em seguida, ocultaram o cadáver com o intuito de acobertar o homicídio.
Conforme a peça, no dia 18 de setembro de 2020, a vítima estava acompanhada de um amigo no centro de Porto Alegre, na Usina do Gasômetro, quando foi abordada pelos réus, que estavam em um carro branco.
Na sequência, um dos denunciados desembarcou do veículo e passou a agredir Letícia, puxando-a pelos cabelos, desferindo-lhe tapas e a jogando ao chão. Após, os três entraram no veículo.
A última vez em que Letícia foi vista com vida após as agressões foi no dia 22 de setembro de 2020 na casa de um dos denunciados, em Cachoeirinha.
Os dois negam que tenham envolvimento no desaparecimento e no assassinato da adolescente.
“No dia em que desapareceu, a Letícia estava no Centro, acompanhada de outro rapaz, quando foi abordada pelos investigados (agora réus), que passaram de carro. Nesse dia, essa mulher (Ana Cristina) agrediu a Letícia porque ela estava tendo um envolvimento afetivo, pode-se dizer, com um ex-namorado dessa mulher”, afirmou a delegada responsável pelo caso, Sabrina Dóris Teixeira.
Segundo a investigação, Fontans já conhecia a adolescente desde criança, por morarem próximos. Em 2020, precisou deixar o local onde residia, no Centro Histórico, e por intermédio de uma amiga teria conhecido Ana Cristina em agosto e ido morar na casa dela, em Cachoeirinha.
Nos dias posteriores ao desaparecimento, a garota teria permanecido na companhia dos dois. Testemunhas relataram ter visto Letícia embarcar no veículo de Ana Cristina.
A polícia não divulga detalhes do local onde eles estiveram juntos, mas afirma, com base no que foi apurado ao longo desse período, que Letícia foi morta e teve o corpo ocultado. Não foi possível descobrir ao longo da investigação em que momento aconteceu a morte, mas a polícia acredita que ela tenha sido assassinada na Região Metropolitana.