Delegado fala sobre liberdade da “Tico-Tico’
Dr. Edson Ramalho falou sobre o tema que foi tema de discussão nos últimos dias
Um caso tem gerado grande repercussão nas redes sociais nos últimos dias: a descuidista “Tico-Tico”, que foi levada ao presídio na sexta-feira (8), já estava nas ruas no dia seguinte cometendo delitos. Durante a noite de sábado (9), cometeu novo delito, pulando um muro e entrando em uma residência. Ela furtou uma bolsa com R$ 700, cartões e talões de cheque. Após fugir, levou o dinheiro e abandonou a bolsa em via pública, sendo recuperada pela Polícia.
O Delegado de Polícia Dr. Edson Ramalho, entrevistado, falou sobre a liberdade de Tico-Tico:
“A Tico-Tico havia sido autuada na sexta-feira em flagrante por furto simples. Também representei pela prisão preventiva dela, uma vez que possui sentença transitada em julgado. Assim, a Lei permitiria que ela respondesse por esse furto que cometeu presa. O Judiciário, ao analisar o pedido de prisão, fundamentou que o valor furtado por ela além desse cheque que não tem valor econômico, a quantia de R$ 16,50 ser pouca, seria insuficiente para mantê-la e responder o processo presa.
Então, no mesmo dia que ela entrou no presídio, foi solta pelo Poder Judiciário. Também um dos motivos que dificulta essa fundamentação da prisão da Tico-Tico é que, apesar de ter uma fama de grandes furtos, há poucos registros na DP local. Nem todas as vítimas têm vindo na Delegacia registrar os furtos que estão acontecendo.
Com frequência conseguimos recuperar alguns objetos, que temos certeza que são de furto, e a pessoa não registrou. Temos que correr atrás da vítima. Então sempre que houver um furto pedimos que a vítima compareça até a Delegacia, faça o registro, para ter um índice real da criminalidade que está acontecendo aqui. E para que, quando o autor desse furto for preso, tenhamos elementos suficientes para pedir sua prisão”.