Delegado Britto destaca ações de enfrentamento no mês de combate a violência contra mulher
Em entrevista, o coordenador da Deam Novo Hamburgo pontuou a importância dos canais de denúncia
Neste mês ocorre a campanha Agosto Lilás, em alusão a conscientização pelo fim da violência contra a mulher. Para detalhar as ações voltadas ao enfrentamento contra a violência feminina, o Programa Bom Dia Camaquã recebeu nesta terça-feira (08), o Delegado Lucas de Moura Britto, coordenador da Delegacia Especializada no Atendimento à Mulher (Deam Novo Hamburgo).
Ao iniciar a entrevista, o Delegado Britto destacou que na última segunda-feira (07), a Lei Maria da Penha completou 17 anos. Desde então, é considerada um marco na defesa dos direitos humanos das mulheres no Brasil.
A Lei é inspirada na história de Maria da Penha Maia Fernandes, que ficou paraplégica após ser baleada pelo companheiro, em 1983 e somente em 2002, 19 anos após o crime, ele foi condenado e preso pelo crime.
A Lei 11.343/2006 entrou em vigor no dia 7 de agosto de 2006 e tornou crime a violência doméstica e familiar contra a mulher.
O Delegado destaca que a Deam intensificou as ações de combate neste mês, fortalecendo as operações de combate a violência doméstica e familiar:
“Nós já realizamos duas operações no início do mês de agosto, nós estamos a recém no dia 08, e ontem foram realizadas seis prisões por violência doméstica contra mulher. Estamos numa ofensiva muito forte no combate a violência doméstica”, afirma Moura.
Questionado sobre meios de denúncia em casos de violência:
“O Disque-180 central de atendimento a mulher, pode denunciar de forma anônima. Todos os meses apuramos as denúncias”, detalha o delegado.
Moura ressalta haver um avanço positivo na iniciativa de denúncias, em razão dos diversos canais de denúncias. Ele explica que além do Disque-180, há a Delegacia Online, uma opção em que a própria vítima pode registrar a situação de violência.
Como identificar a violência contra a mulher:
- Ter medo do homem com quem se convive;
- Ser agredida e humilhada;
- Sentir insegurança na sua própria casa;
- Ser obrigada a manter relações sexuais;
- Ter seus objetos e documentos destruídos ou escondidos;
- Ser intimidada com arma de fogo ou faca;
- Ser forçada a “retirar queixa”.