Assembleia da Ugeirm define greve na Polícia Civil a partir de segunda-feira
Categoria só vai atender casos urgentes enquanto governo não integralizar a folha de outubro
Agentes da Polícia Civil filiados à Ugeirm Sindicato decidiram, hoje, em assembleia geral, entrar mais uma vez em greve, a partir de segunda-feira, em função do atraso salarial. Em decisão unânime, os servidores decidiram que a paralisação só termina quando o governo integralizar a folha de outubro para a categoria.
Os policiais estabeleceram, ainda, que vão entrar em greve sempre que os salários não forem pagos em dia. O mesmo já havia ocorrido em outubro, quando, pela primeira vez, a Secretaria da Fazenda atendeu à ordem do governador José Ivo Sartori de, em vez de parcelar 100% da folha, priorizar os salários de quem ganha menos, atrasando o depósito dos valores maiores. No mês passado, os policiais paralisaram durante cinco dias.
Atendimentos de urgência e emergência devem ser mantidos, o que representa a manutenção de 30% de efetivo em cada órgão da PC, quando houver a necessidade de atuação. O objetivo é garantir a prestação de serviços indispensáveis, embora a Ugeirm recomende que as viaturas não circulem durante a greve.
A assembleia também suspendeu o cumprimento de mandados de prisão, busca e apreensão, as operações e ações policiais, o serviço de cartório, a entrega de intimações, oitivas e remessas de inquéritos policiais à Justiça.
A categoria orienta que as Delegacias de Pronto Atendimento e Plantões só atendam flagrantes e casos graves, como latrocínios, homicídios, estupros, ocorrências envolvendo crianças, adolescentes e idosos e a Lei Maria da Penha (violência contra a mulher). Devem ser efetuados também o registro de furtos de veículo.
O que disse o chefe de Polícia
Consultado pela reportagem, o chefe de Polícia do RS, delegado Émerson Wendt, disse que a administração vai “acompanhar para que os serviços não sejam descontinuados e que a população fique desassistida”.