Aeromóvel do Gasômetro é removido após 37 anos
Os dois vagões, de seis toneladas cada, ficarão expostos em São Leopoldo
Mais de três décadas depois de sua instalação, feita em 1982, teve início, na manhã desta quarta-feira (2), a remoção do aeromóvel do Gasômetro. O primeiro dos dois vagões, de seis toneladas e 12 metros de comprimento cada, foi retirado por um guindaste, em operação que levou cerca de quatro horas. Após a remoção da segunda unidade, que deve ser concluída à tarde, o veículo deve ser transportado em caminhões até a sede da Coester Automação, em São Leopoldo, onde ficará exposto como acervo histórico.
— Quando construído, ele teve um papel revolucionário. É importante preservar essa história — afirma Marcus Coester, CEO da Aeromovel Brasil, empresa responsável pelo projeto.
O primeiro vagão removido foi envolto por quatro cintas de sustentação e preso a uma cama metálica. Dois trilhos foram fixados no truque, a fim de que o vagão pudesse ser movimentado sem balanços.
— Desta forma, temos mais segurança, pois qualquer movimento brusco ou em falso poderia fazê-los tombar — diz Julio Detoni, gerente operacional da Aermovel Brasil.
A ideia é que a retirada do veículo, já obsoleto e com sinais de degradação — provenientes do tempo e do vandalismo —, facilite a análise das vigas e pilares, que está sendo feita por engenheiros da UFRGS. O estudo deve validar a condição funcional da estrutura, a fim de viabilizar a nova proposta de investimento que a empresa tem para os trilhos.
A proposta apresentada à prefeitura no mês passado é de restaurar a estrutura que sustenta os trilhos — ela começa próximo ao prédio da Receita Federal e termina na praça em frente ao Gasômetro — e prolongá-la pela beira do Guaíba.
A remoção