Em visita, presidente da Argentina tenta se aproximar do Papa Francisco após insultá-lo
"O argentino mais importante da história", disse o presidente
Após ofender o papa Francisco, o presidente da Argentina, Javier Milei, foi até o Vaticano visitar seu compatriota, nesta segunda-feira (12), levando doces e biscoitos e conversando sobre política, conforme tenta fazer as pazes com o pontífice que durante muito tempo ridicularizou.
Milei, um libertário independente de direita, insultou Francisco durante a campanha eleitoral no ano passado, chamando-o de “imbecil que defende a justiça social”. Mas o presidente mudou de tom no cargo, à medida que tenta reforçar o apoio da sua base católica conservadora, em meio a crescentes desafios. Francisco e Milei conversaram durante cerca de uma hora, disse o Vaticano, sem dar detalhes da conversa.
Eles se reuniram em um momento em que a Argentina enfrenta a pior crise econômica em décadas, com uma inflação superior a 200%, e com o recém-empossado Milei lidando com dificuldades após a rejeição parlamentar de um importante pacote de reformas.
O presidente discutiu “o programa do novo governo (argentino) para combater a crise econômica”, entre outros tópicos, durante conversações separadas com o segundo em comando do Vaticano, o secretário de Estado, cardeal Pietro Parolin, disse um comunicado do Vaticano.
Antes da reunião, quando questionado sobre os insultos passados, o chefe do escritório de doutrina do Vaticano disse: “o papa é uma pessoa que tem muito carinho por todos, por isso não há qualquer dúvida de que ele tenha qualquer animosidade”.
O papa considerou os comentários anteriores “como uma estratégia de campanha”, disse aos jornalistas o cardeal Victor Manuel Fernandez, que também é argentino. Mesmo que o papa não goste de “algumas tendências políticas e ideológicas” na Argentina, “ele sempre se preocupará com aqueles que sofrem”, acrescentou.
Esta publicação contém informações da Agência Brasil.