Papa irá se reunir com ucranianos para discutir a possível viagem ao País em guerra
Francisco foi convidado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy
No sábado (4), o papa Francisco afirmou que irá se reunir com autoridades ucranianas para discutir a possibilidade de uma visita ao país. Ele revelou a futura reunião em uma sessão de perguntas e respostas com crianças em um dos principais pátios do Vaticano.
Durante a sessão, um garoto ucraniano chamado Sachar perguntou: “Você pode vir à Ucrânia para salvar todas as crianças que estão sofrendo lá agora?”.
A resposta do Papa Francisco, 85 anos, que ultimamente tem usado uma cadeira de rodas em virtude das dores no joelho, respondeu ao menino que pensa com frequência nas crianças ucranianas e que queria visitar o país, mas tinha que escolher a hora certa.
“Não é fácil tomar uma decisão que pode causar mais danos do que fazer o bem ao resto do mundo. Tenho que encontrar o momento certo de fazê-la”, disse, segundo a transcrição do Vaticano sobre o evento.
O Papa Francisco ainda ressaltou que irá receber pessoas ligadas ao governo da Ucrânia e irá comentar sobre uma possível visita.
“Na próxima semana, receberei representantes do governo ucraniano, que virão aqui conversar, e falar até sobre uma possível visita minha. Vamos ver o que acontece”, disse Francisco.
A guerra na Ucrânia forçou o Vaticano a realizar um equilíbrio diplomático delicado, muitas vezes oferecendo mediar o fim do conflito.
Francisco criticou implicitamente o presidente russo, Vladimir Putin, várias vezes por causa da invasão, mas sem citá-lo. Ele também tem usado termos como “agressão injustificada” e “invasão” e lamentou as atrocidades contra civis.
Francisco foi convidado pelo presidente ucraniano, Volodymyr Zelenskiy, pelo prefeito de Kiev, Vitaliy Klitschko, pelo arcebispo Sviatoslav Shevchuk, da Igreja Católica Bizantina da Ucrânia, e pelo embaixador da Ucrânia ao Vaticano, Andriy Yurash.