Guerra entre Israel e Hamas é a que mais matou jornalistas em 30 anos
Federação contabiliza 94 jornalistas mortos exercendo a função em 2023; 68 foram na recente guerra desencadeada entre Israel e Hamas
A Federação Internacional de Jornalistas (FIJ) contabilizou 94 jornalistas mortos exercendo a função até agora em 2023, a maioria na guerra Israel-Hamas, que vitimou mais profissionais do que qualquer outro conflito em mais de 30 anos. A organização demonstrou preocupação com o número.
Em 2022, segundo dados da Federação, o número de mortes registradas foi 67, sendo 12 na guerra entre Rússia e Ucrânia. Em 2021, 47 mortes foram registradas. O número dobrou em 2023. Com isso, o grupo apelou para melhor proteção dos trabalhadores dos meios de comunicação social e para que os agressores sejam responsabilizados.
Na guerra entre Israel e o grupo terrorista do Hamas, iniciada em 7 de outubro, foram mortos 68 jornalistas, mais de um por dia, segundo a dados da Federação. O número representa 72% de todas as mortes ocorridas este ano nos meios de comunicação social de todo o mundo.
A organização, com sede em Bruxelas, também lamentou a morte de jornalistas no Afeganistão, nas Filipinas, na Índia, na China e no Bangladesh. O grupo também informou que três mexicanos, um paraguaio, um guatemalteco, um colombiano e um norte-americano foram mortos enquanto investigavam grupos armados ou o desvio de fundos públicos. Quatro assassinatos em países africanos (Camarões, Sudão e Lesoto) também seguem impunes.
Jornalistas detidos
A Federação também divulgou dados de jornalistas detidos, sendo 393 trabalhadores dos meios de comunicação social até agora neste ano. Destes, 80 são na China e em Hong Kong. Destacam-se outros países como Myanmar (antiga Birmânia, com 54), Turquia (41), Rússia e Crimeia ocupada (40), Bielorrússia (35) ou Egito (23).
Esta publicação contém informações da Agência Lusa e Agência Brasil.