Futuro dos Bombeiros de Camaquã é tema de audiência pública
Secretários municipais devem ser convocados para se manifestarem a respeito da realocação de parte dos bombeiros civis para outro setor
A Frente Parlamentar da Segurança Pública e do Trânsito Seguro da Câmara Municipal realizou uma Audiência Pública para debater o futuro do Corpo de Bombeiros Municipal de Camaquã. A audiência teve início às 14h, e ocorreu no Plenário da Câmara.
No início da atividade o vereador Marcelinho (PSB), e presidente da Frente Parlamentar, declarou: “já que não há participação de representante do Poder Executivo, os secretários municipais devem ser convocados para se manifestarem a respeito da realocação de parte dos bombeiros civis para outro setor”.
Já o vereador Vinícios Araújo (MDB) declarou que “não há uma audiência pública ocorrendo por falta de público. É inadmissível que estejam apenas três vereadores nessa atividade”, desabafou. Ele também criticou que os municípios da região não colaborem com o Munícipio de Camaquã, que “paga o atendimento dos bombeiros nesses locais também”.
O vereador Luciano Delfini (PTB) ponderou que “a Corporação dos Bombeiros de Camaquã recebe recursos do Estado e parte acaba sendo proveniente de tributos de outros municípios e da região”. Luciano também disse que “o Legislativo camaquense é representativo e nem sempre todos vão estar juntos, o que não tira a sua força e representatividade”.
O vereador Ilson Meireles (P) disse que fez um pedido de informação ao Executivo municipal para detalhar o que se pretende ou o que se definiu sobre a pauta dos bombeiros civis. “Deixo o meu comentário de repúdio aos prefeitos das cidades da região que usufruem do atendimento dos bombeiros de Camaquã, mas, não estão na audiência”, declarou Ilson.
O vereador Mazinho (PSDB) declarou que “a gente precisa dos bombeiros e sei que a administração vai fazer o melhor pela população”.
A presidente do Sindicato dos Servidores Públicos de Camaquã – SIMUCA, Carla Simone de Oliveira, disse que “é visível que temos uma administração municipal autoritária e que evita participar e propor o diálogo”. Ela também se manifestou sobre a falta de participação dos próprios bombeiros e dos demais grupos que foram convidados para a audiência. Carla também declarou que “na reunião que foi anunciada a mudança na corporação ficou claro que não se busca o diálogo, mas, se age com autoritarismo. Os bombeiros não estão aqui hoje porque irão sofrer punições se vierem”.
O vereador Luciano Delfini (PTB) disse que a fala da presidente dos municipários “chamou a atenção por saber que a prática do assédio moral com os funcionários do Executivo está aí”. Ele também afirmou que “toda a comunidade espera por uma definição sobre os servidores e sobre como ficará o efetivo para atender Camaquã e região”.
Instituições convidadas
Foram convidados para a audiência os membros do Corpo de Bombeiros Misto e Militar de Camaquã, representantes da Brigada Militar, da Secretaria Especial de Governo e da Polícia Rodoviária Federal, o prefeito Ivo de Lima Ferreira (PSDB), a Defesa Civil municipal, e a secretaria da Administração e Planejamento, além de todos os vereadores.
Além deles, os prefeitos das cidades atendidas pelos bombeiros de Camaquã também receberam convite para participar da Audiência Pública e não compareceram. A atividade foi aberta ao público e teve transmissão pela página da Câmara de Camaquã no Facebook. Quem tiver interesse pode acompanhar: https://bit.ly/2zmS1p4
Os bombeiros seguem sem uma posição definitiva do Poder Executivo, em relação ao futuro dos profissionais, após a informação de que eles seriam realocados para outro setor da administração.
A Frente Parlamentar da Segurança Pública e do Trânsito Seguro do Legislativo camaquense é composta pelo presidente, o vereador Marcelinho (PSB), pelo vice-presidente, o vereador Mano Martins (MDB), e pelo secretário, o vereador Ilson Meireles (P). São membros os vereadores Mazinho (PSDB), Paulinho Bicicletas (PRB) e Vinícios Araújo (MDB).