Funcionários dos Correios seguem em greve em Camaquã
No primeiro dia de greve, cerca de 6.500 entregas deixaram de ser feitas em Camaquã, caso que deve se repetir nesta quinta-feira (12)

Na manhã desta quarta-feira (11), os funcionários do Correios de todo país iniciaram a adesão à greve, reivindicando melhores condições de trabalho e contra a privatização da estatal. Até o momento, os 23 funcionários das unidades de Camaquã seguem em greve. No Centro de Distribuição Domiciliar, são 22 funcionários em greve e 4 que não aderiram. Já na agência do Centro da Cidade, são 8 funcionários que não aderiram e 1 funcionário que também está em greve.
Segundo os funcionários, mais dois funcionários decidem até esta quinta-feira (12) se irão se juntar aos demais que já estão paralisados. Ainda segundo os funcionários, cerca de 6.000 correspondências e 500 produtos/mercadorias deixaram de ser entregues apenas neste primeiro dia de greve, fato que deve se repetir nesta quita.
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Segundo o Sindicato dos Trabalhadores em Correios e Telégrafos do RS (Sintect-RS), que representa a maior parte dos municípios do Rio Grande do Sul, a medida vale para todo o país. As federações que representam os trabalhadores em nível nacional, Fentect e Findect, já haviam orientado os sindicatos a paralisarem.
Um dos motivos para a greve é a campanha salarial e a falta de acordo entre os funcionários e os Correios. Segundo o Sintect-RS, a empresa não aceitou a prorrogação do acordo coletivo, que estava vigente até agosto. Os trabalhadores dos Correios protestam contra a proposta de reajuste salarial oferecida pela empresa, de 0,8%. O valor é menor que os 3,1% da inflação acumulada em 12 meses pelo Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).
Os funcionários também protestam contra a retirada de direitos da categoria e contra a privatização dos Correios, medida que já teve manifestação favorável do presidente Jair Bolsonaro.
“Serviços melhores e mais baratos só podem existir com menos Estado e mais concorrência, via iniciativa privada. Entre as estatais, a privatização dos Correios ganha força em nosso governo”, disse o presidente em uma publicação no Twitter, em junho deste ano.
Conforme o Sintect-RS, ainda não é possível saber qual a adesão à greve, mas o atendimento será mantido nas agências, com o mínimo de 30% do serviço. Procurada, a superintendência dos Correios no Rio Grande do Sul informou que ainda avalia o impacto da greve.