Fumaça de incêndios na Argentina cobre parte da região de Camaquã
De acordo com a MetSul, incêndios atingiram recordes históricos e já queimaram 800 mil hectares
Nos últimos 45 dias, a Argentina vive uma das situações mais dramáticas de sua história. No nordeste do país, o Estado de Corrientes registra o maior incêndio que se tem registro. A quantidade de fumaça é tanta que além de toda a região, já se espalhou por quase todo o Rio Grande do Sul.
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De acordo com a MetSul Meteorologia, a origem da fumaça e da fuligem está no outro lado do Rio Uruguai, no município de Santo Tomé, província argentina de Corrientes.
A cidade argentina que faz fronteira com São Borja, vive uma emergência de fogo pela seca severa e o verão muito quente com calor extremo em vários dias.
O fogo atinge o local há mais de mês, mas se intensificou nos últimos cinco dias na região e chega a queimar 20 mil hectares por dia.
A estimativa é que mais de 800 mil hectares tenham sido afetados nos mais de 50 dias de incêndios na província de Corrientes, onde mais de 9% do território provincial já ardeu.
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Assista e entenda a gravidade do incêndio:
Em Santo Tomé, um foco com “redemoinhos de fogo” surpreendeu vários campos produtivos na quarta-feira, afetando pastagens e florestas.
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De acordo com dados do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais, a Argentina em janeiro teve 7199 focos de calor, muitíssimo acima da média histórica mensal de 1648, valor que superou por ampla margem o recorde mensal anterior de 4624 de 2002.
Neste mês de fevereiro, até o dia 19, os satélites do Inpe registraram 3625 focos de calor na Argentina, muito acima da média histórica de fevereiro de 1193 e o maior número no mês de toda a série histórica, batendo o recorde mensal de 2585 de 2003 mesmo a dez dias do mês terminar.
A fumaça das queimadas e incêndios no Nordeste da Argentina se espalha pelo Sul do Brasil. Imagens de satélite mostravam grande presença de fumaça sobre a Metade Norte do Rio Grande do Sul, Santa Catarina e Paraná, transportada por correntes de vento a partir do Oeste.
Conforme a meteorolista da MetSul, Estael Sias, a chuva ajudou a dissipar a fumaça no final do domingo (20). Com a abertura do tempo ao longo da segunda-feira (21), a fumaça voltou a cobrir parte do Estado.
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O Sul gaúcho escapava da presença do material particulado com maior densidade na atmosfera.
Na tarde desta segunda-feira (21), internautas do Clic Camaquã registraram mais uma vez a densa camada de fumaça sobre a cidade, bem como nos demais municípios da região.
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