Falta de estrutura adequada é um dos motivos da greve dos funcionários do Asilo Municipal
Em greve, funcionários do Asilo Municipal reúnem-se com prefeito nesta terça
Funcionários do Asilo Municipal entram em greve nesta terça-feira (9) em Camaquã. Ao todo, são 37 servidores que atuam no local que abriga cerca de 40 idosos.
Eles fazem uma escala de forma a não prejudicar o atendimento básico aos idosos. Querem aumento de funcionários, o fim de assédio moral, remuneração equivalente ao salário profissional para os técnicos de enfermagem, dentro dos padrões do COREN-RS, compensação adequada das jornadas de trabalho, equiparação com salário dos funcionários da Associação – que também presta serviços à Instituição.
Entre as causas da paralisação, estão as más condições que o local dispõe para atendimento. Segundo os manifestantes, no local há camas que para terem o encosto têm que ser amarradas. Cadeira de banho, utilizadas por funcionários e idosos estão quebradas, causando perigo de acidentes. Idosos já fugiram do local, devido a falta de segurança.
Em fotos divulgadas pelo Sindicato dos Municipários, percebe-se a situação das camas, amarradas com panos ou sacos plásticos.
O Sindicato dos Municipários divulgou uma nota, onde esclarece sobre seus principais pontos de reivindicações:
“Nossa luta é por valorização, melhores condições de trabalho e atendimento digno aos Idosos!
Funcionários do Lar Nilda Souza Azambuja paralisam atividades.
Nós, servidores públicos municipais, trabalhadores do Lar Nilda Souza Azambuja, nos reunimos, em assembleia, em 26 de novembro, para colocar em pauta reivindicações trabalhistas e visando melhor qualidade no atendimento aos idosos. Em oito de dezembro, decidimos pela paralisação, observando garantir os serviços básicos de atenção aos idosos, atendidos na Casa, juntando-se à luta também funcionários do Albergue Municipal.
Queremos aumento de funcionários, o fim de assédio moral, remuneração equivalente ao salário profissional para os técnicos de enfermagem, dentro dos padrões do COREN-RS, compensação adequada das jornadas de trabalho, equiparação com salário dos funcionários da Associação – que também presta serviços à Instituição.
Entre as precárias condições de trabalho, que incluem camas, cadeiras de banho e outros móveis sem condições de uso, além da falta de equipamentos de proteção individual, acontecem: servidores trabalham finais de semana e feriados sem receber horas-extras, descontos das faltas mesmo com atestados, desvios de função, folgas compensadas como faltas, superlotação de idosos, falta de prontuários com informações sobre pacientes, entre outras importantes questões.
Pelo exposto de forma resumida, nós, servidores públicos municipais, envolvidos dia-a-dia em tão importante missão pedimos o apoio da população. Somos cientes da necessidade da valorização dos profissionais e implementação de uma política municipal para o idoso, consoante com a política nacional, prevista em lei”.