Silêncio de Renato aumenta mistério sobre permanência no Grêmio
Clube estabeleceu o próximo domingo como data limite para definição
O técnico Renato Portaluppi desembarcou em Porto Alegre em setembro de 2016 para comandar o Grêmio pela terceira vez na sua carreira. E em 26 meses devolveu o clube ao caminho das grandes conquistas, encerrou um jejum de títulos que já perdurava por longos 15 anos, ganhou a Libertadores e aumentou ainda mais o seu nível de importância na história do Tricolor. Mas a continuidade do trabalho por mais uma temporada ganhou ares de mistério.
No Rio de Janeiro, a ida de Renato para o Flamengo é dada como certa. No Grêmio, os últimos dias têm sido de poucas manifestações por parte dos dirigentes. As notícias também chegam ao vestiário, onde os jogadores lidam com a indefinição a respeito do técnico para 2019.
“O Grêmio não é só o treinador ou só os jogadores. É um conjunto, tem o pessoal do vestiário, o staff, a diretoria, comissão técnica, fisioterapia, médicos, é uma equipe que somada conquista objetivos. O Renato é o comandante do futebol e dos atletas, ele tem uma importância grande para nós, é vencedor, nós também conquistamos esse espírito vitorioso. Ele é o cara que nos representa”, diz o meia Ramiro. “Caso não fique, a gente continua com o mesmo pensamento vitorioso, quem chegar vai se inserir nesse projeto do Grêmio”, acrescenta.
O presidente Romildo Bolzan Jr. quer Renato em seu último ano de mandato no clube, mas já deu entrevistas admitindo que possíveis propostas melhores que as do Grêmio e uma saída do treinador “fazem parte do jogo”. Ambos mantêm uma relação estreita, de lealdade, e isso pode pesar a favor do Grêmio. A única certeza no momento é que o clube tem no domingo a data limite para a definição.
O Grêmio enfrenta o Corinthians, domingo, na última rodada do Brasileirão, para garantir a vaga direta na Libertadores da América do próximo ano. “É como se fosse uma decisão. A gente quer muito essa vaga direta porque sabe que começar o ano com a corda esticada tendo pré-Libertadores e duas fases de mata-mata, muitas vezes até jogando na altitude, não estaremos 100% fisicamente”, completou Ramiro.