Usamos cookies e outras tecnologias semelhantes para melhorar a sua experiência em nosso portal, personalizar publicidade e recomendar conteúdo de seu interesse. Ao continuar navegando, você concorda com este monitoramento. Leia mais na nossa Política de Privacidade.

  • Design sem nome – 2024-02-29T112346.494
  • TEXEIRA GÁS ultragaz
  • WhatsApp Image 2024-03-01 at 09.20.19
  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (7)
  • 970×90
  • Design sem nome – 2024-02-06T154143.111
  • UNIFIQUE CMQ – Banner 970x90px
  • Design sem nome – 2024-02-29T143231.335
  • Design sem nome – 2024-02-06T170807.664
  • CMQ 01 010 (1)
  • globalway (1)
  • Banner-Camaqua_CC 970×90 (5)
  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (8)
  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (9)

Na Tanzânia, zagueiro narra saída conturbada e sonha em voltar ao Grêmio: “Objetivo de carreira”

Em 2013, Gerson era uma das promessas da defesa do clube. Hoje, com 27 anos, revela desejo de reencontrar a Arena, onde treinou mas não jogou


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 25/04/2020
 Tempo de leitura estimado: 00:00

Diante dos olhos, Gerson viu a Arena crescer, ser inaugurada, mas jamais pisou em seu gramado. A antiga joia da base do Grêmio – hoje com 27 anos – é zagueiro e volante do Simba FC, da Tanzânia. Em entrevista ao GloboEsporte.com, ele relembra a saída conturbada do Tricolor e o sonho em voltar ao clube.

Só que atualmente, a mais de 9.600 quilômetros longe de Porto Alegre, o gaúcho da capital vive as últimas semanas sozinho em Dar es Salaam. O país africano fechou as fronteiras por conta da pandemia do coronavírus, mas a família do jogador retornou ao Rio Grande do Sul antes disso – sua esposa está grávida da segunda filha.

Gerson foi apontado pelo GloboEsporte.com como uma das joias do Grêmio para a temporada de 2013. Mas acabou dispensado. Chegou a jogar no Bragantino e depois rodou por clubes do exterior. Mesmo com toda gratidão que tem pelo Tricolor, o zagueiro entende que a história poderia ter sido diferente.

 “Eu brigava por um espaço para ser inscrito na Libertadores. Semanas depois, fui afastado. Quem me conhece sabe que não tenho problema disciplinar. Então, qual a razão de ter sido afastado? Até hoje, nunca questionei isso” (Gerson)

Mesmo titular do Simba FC e liderando o campeonato nacional com folga – 15 pontos à frente do 2º colocado -, o planejamento de Gerson é voltar ao Brasil. A pandemia que assola a Tanzânia tem feito o jogador repensar a carreira. O zagueiro tem contrato até a metade de 2021 com o Simba FC.

 

Confira abaixo trechos da entrevista:

 

GloboEsporte.com – Como está sua vida aí na Tanzânia?

Gerson – Aqui o país é bem quente. Mas o povo é muito amigável, a comida não é tão diferente da do Brasil, a liga é boa. Mas é um país em desenvolvimento. Vejo eles num futuro promissor.

E a questão do coronavírus?

O governo, desde o dia 17 de março, já tinha anunciado que era para suspender todas atividades esportivas do país, para quem pudesse já trabalhasse em home office. Inclusive me surpreendeu um amigo meu que foi no shopping e estava tudo aberto. Tem coisas que respeitam, outras não muito.

O futebol inteiro aí está parado?

Não estamos treinando. O preparador físico passou treinos para gente fazer em casa. Tenho um preparador pessoal que me ajuda muito. Não quero correr tudo atrás depois.

Como é a situação aí para voltar à normalidade?

Aqui eles não falam nada. Inclusive o médico mandou para nós no grupo que eles postergaram a data. É esperar um anúncio futuro. Nem previsão para voltar a treinar tem. Estão começando a ver que o furo é mais embaixo.

Já falam em cancelar as competições aí?

Não citam essa possibilidade. Falam até agora que a volta pode ser com portões fechados. Mas é tudo muito inicial. Ninguém bate o martelo. A gente vem em primeiro na liga, faltam 10 jogos, estamos 15 pontos na frente do nosso rival. Está sendo bem ruim a parada, mas é por algo maior.

Fale mais sobre o futebol na Tanzânia.

Há dois clubes grandes aqui, o Simba e o Yanga. O país é apaixonado pelo futebol. Ou a pessoa é Simba ou Yanga. Jogamos em um estádio grande, que a seleção joga, o National Stadium. Jogamos o clássico mês passado e tinham 62 mil pessoas no estádio. Quando jogamos em um estádio para menor público, o estádio tem 10 mil pessoas. Lota qualquer jogo.

Como você percebe a situação do país? É crítica?

A saúde aqui é um problema sério. Ainda há uma questão estrutural, chegada de alimentos no país. É tudo muito complicado, as estradas não são boas na maioria. Há uma pobreza muito forte. Quando vamos para locais no centro da cidade, têm casas bem humildes.As pessoas sofrem com doenças por pura falta de saneamento.

Você sempre foi o capitão na base do Grêmio. Ainda mantém essa liderança no Simba? É o capitão aí?

Aqui não. Nos últimos clubes que estive na Índia, pude conduzir mais. Aqui tem uma forma mais hierárquica, temos que nos adaptar. Aqui eles falam inglês, mas são poucos. É mais difícil. Tive que aprender algumas palavras do idioma local, mas não é a mesma coisa. Rendo mais quando tenho essa liberdade de me expressar. Não impor, mas externar minhas ideias. É um desafio que encontro aqui. Na medida do possível, levo bem, mas não é como quando estava no Brasil.

Você surgiu novo no Grêmio, mas não jogou aqui. Se arrepende de algo ou era um objetivo fazer carreira fora do Brasil?

Gostaria de ficar mais tempo no Brasil. Lamento ter ido por outro caminho. Em alguns lugares me faltou um amadurecimento. Na base, sempre tive um posicionamento mais forte em algumas situações. Quando cheguei no profissional, teve um momento que eu tinha que ter tido uma postura. Mas pelo respeito e gratidão que tinha pelo clube, algumas coisas eu engoli. Nunca toco no assunto por gratidão. Tudo o que tenho hoje, sou grato ao Grêmio. Não fui só formado como jogador, mas um cidadão. Ficava mais quieto em algumas situações e isso me prejudicou um pouco.

Que tipo de situações? Pode dar algum exemplo?

Recém tinha sido promovido ao profissional, participei da pré-temporada, era um momento único. Como eu vinha da base, com um certo prestígio, eu brigava por um espaço para ser inscrito na Libertadores. Semanas depois, fui afastado. Quem me conhece sabe que eu não tenho problema disciplinar. Então, qual a razão de eu ter sido afastado? Até hoje nunca questionei isso. É um arrependimento meu. Por que não fui perguntar porquê fizeram isso comigo? Por respeito. Recebi essa notícia do Seu Verardi (ex-superintendente), sempre foi um cara que tive um carinho por ele e ele por mim. Tenho boas lembranças dele. Foi uma situação que deixei passar. Com certeza, seria diferente se eu tivesse encarado ou tentado descobrir o que aconteceu para eu ter sido afastado.

Houve um período na base que tentaram te colocar de volante, mas não deu certo. Você acha que se tivesse se desenvolvido na posição, poderia ter ficado mais tempo no Grêmio?

É uma baita questão. Hoje e nos últimos anos tenho jogado mais de primeiro volante e de zagueiro. Me transformaram aqui no exterior, porque eu tinha um entendimento tático bom, boa saída. Aqui, 90% dos jogos faço de primeiro volante, só 10% como zagueiro. É uma tendência que casou hoje na minha vida.

Você se enxerga voltando ao Grêmio?

Tenho isso como objetivo de carreira. Depois que eu saí, acho que isso guiou um pouco das minhas decisões. Vim de uma infância pouco afortunada. Vim para o exterior justamente porque a questão financeira era melhor do que no Brasil. Mas um dos meus objetivos, agora que estou mais tranquilo, é retornar no Brasil e quero jogar no Grêmio. Está no meu caderno de objetivos. Quando treinei na Arena, bem no início, lembro até o gramado, estava sentando ainda, não estava essa maravilha de hoje. Me vejo ali. Vejo minha mãe, padrasto, pai, me assistindo na tribuna. É um baita momento um jogo na Arena. Meu objetivo não é muita coisa, é ver eles ali. Sonho com esse momento.

Hoje há um reinado de Geromel e Kannemann na zaga. O que você acha da dupla?

Eles são excelentes. O que mais gosto é a entrega deles, engajados com o projeto do clube. Não são formados no Grêmio, mas você vê que eles têm uma identificação. Pretendia, se tiver a oportunidade, de incomodar eles. Criar um desconforto. Não sei se jogar, mas ia ser muito legal dividir o vestiário com pessoas que agregam na tua vida e que tu podes agregar também.

Teve propostas para voltar ao Brasil?

Tive conversas. Mas quando eu não definir, não posso chegar e dizer. Sou um pouco cuidadoso. Mas tive conversas avançadas. Vamos ver se o (presidente) Romildo (Bolzan Júnior) não enxerga nossa entrevista e não lembram de mim. Sou seduzido pelo projeto. Jogar por jogar é pouco para mim.


  • Design sem nome – 2024-02-06T170807.664
  • CMQ 01 010 (1)
  • UNIFIQUE CMQ – Banner 970x90px
  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (8)
  • 970×90
  • TEXEIRA GÁS ultragaz
  • Design sem nome – 2024-02-29T112346.494
  • WhatsApp Image 2024-03-01 at 09.20.19
  • Design sem nome – 2024-02-29T143231.335
  • Design sem nome – 2024-02-06T154143.111
  • globalway (1)
  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (9)
  • Banner-Camaqua_CC 970×90 (5)
  • Faça uma visita na Rua General Zeca Netto, 970 – no centro de Camaquã ENTRE EM CONTATO (51) 9 9368-4947 (7)