Inter deve viver temporada agitada nos bastidores políticos
Clube irá eleger novo presidente no final de 2018
Duas derrotas em Gre-Nais no período de uma semana fizeram sangrar antigas feridas na “família” colorada. Fraturas políticas em ano que o clube elegerá um novo presidente ficaram expostas, por um lado, em declarações e críticas de ex-dirigentes e conselheiros de oposição nas redes sociais e em entrevistas e, por outro, na reação de D’Alessandro e, em seguida, do vice-presidente de futebol, Roberto Melo, após a vitória no terceiro Gre-Nal, disputado na quarta-feira passada. São preâmbulos de uma temporada agitada nos bastidores políticos do Inter – o que também acarretará em dificuldades no campo.
O próprio D’Alessandro, ao expor conversas que ocorreram dentro do vestiário sobre as críticas de ex-dirigentes ao rendimento time nos Gre-Nais, admite que a política do clube atrapalha. “Há muita política no meio. Eu já vivi ano político aqui no clube. E quando se envolve isso no futebol fica chato e feio. Por quê? Porque começa a aparecer soluções para tudo. Todos apresentam soluções nas rádios, nas televisões. Só que muitos que falam hoje, não tem a mínima condição de discutir futebol comigo”, fuzilou D’Alessandro, que prossegue: “O colorado tem que apoiar. Conselheiro apoiar no momento bom é fácil. Quando perde, é diferente”.
Na quarta-feira à noite, após a vitória que aliviou o ambiente colorado apesar da desclassificação no Campeonato Gaúcho, foi a vez de Melo falar. Visivelmente chateado com as críticas, ele lembrou que o clube vive grandes dificuldades financeiras e que tanto ele quanto o presidente Marcelo Medeiros, a partir da derrota na eleição em dezembro de 2014, se abstiveram de críticas ao time e ao clube, apesar da campanha que levou o Inter ao rebaixamento em 2016. “Nós jogamos uma segunda divisão e estamos em processo de reconstrução. Não é fácil”, disse.