Inter acredita em julgamento do “Caso Victor Ramos” no início do mês que vem
Clube quer punição ao Vitória e colorado na disputa da Série A do Brasileirão 2017
Em entrevista no “Ganhando o Jogo” desta quarta-feira (15), o vice-presidente jurídico do Inter, Gustavo Juchem, afirmou que o clube espera o julgamento do Caso Victor Ramos pela Corte Arbitral do Esporte (CAS) no início do próximo mês. A data será conhecida até a próxima segunda-feira (20).
“Estamos ansiosos pela definição da data. De fato não ocorreu ainda e somente por isso não está publicada na pauta do CAS. Houve uma proposição para o final de abril (dia 25) e não aceitamos. Estamos trabalhando fortemente para que seja no início de abril”, disse.
Juchem afirmou que a ideia é antecipar esse julgamento na sede do CAS, na Suíça, para tentar recolocar o Inter na Série A do Campeonato Brasileiro ainda em 2017. Segundo o dirigente, os árbitros envolvidos no caso entenderam a necessidade do julgamento acontecer o quanto antes, diferente de outros casos de registro de jogadores que podem levar anos para entrar na pauta.
“Conseguimos sensibilizar o Tribunal sobre as circunstâncias do caso e diferentemente de outros casos estamos tratando de algo que terá consequências futuras. Para que haja utilidade nesta decisão ela tem que ser tomada antes do início do campeonato”, frisou.
CBF move inquérito contra o Inter no STJD
O vice-presidente jurídico também negou haver documentos novos, fora os já anexados aos autos do processo. Gustavo Junchem também falou sobre o inquérito que tramita no STJD movido pela CBF contra o Inter. Segundo ele, esse inquérito foi aberto como uma represália ao Inter para que o clube desistisse de levar o caso ao CAS.
“Entramos ontem com um mandado de garantia no STJD para que seja anulado esse procedimento”, disse Juchem, afirmando que o inquérito foi aberto no início de fevereiro e tinha 15 dias para ser concluído, prorrogáveis para mais 15 dias. Esse prazo já expirou.
No entendimento do Inter, o auditor sorteado pelo STJD para relatar o inquérito, Mauro Marcelo de Lima e Silva não teria condições de levar adiante a pauta por ter sido indicado ao Pleno do Tribunal pelo atual presidente da CBF.
Conforme o jornalista Rogério Mendelski, a CBF concluiu uma auditoria interna que indicou que a troca de e-mails obtida pelo Inter entre o diretor de registros Reynaldo Buzzoni e dirigentes do Vitória não vieram de computadores da entidade. Juchem admitiu que a fonte dos documentos é outra, mas seu teor, segundo o dirigente, é o mesmo dos registrados em ata notarial pela própria entidade.
“Não, a fonte é outra. Mas isso não afeta o conteúdo e sua validade”, finalizou.