A Copa do Brasil agora tem um novo reinado. O Grêmio superou o Atlético-MG na final, na arena de Porto Alegre, e conquistou o pentacampeonato após a vitória por 1 a 1 no jogo de volta. Com mais esse troféu, os gaúchos agora têm um a mais do que o Cruzeiro e é o maior vencedor da competição.
Pouco antes do apito inicial, muitas homenagens à Chapecoense, que teve seu escudo estampado na camisa das duas equipes, no uniforme da arbitragem e na bola do jogo. Gritos de “Vamo, Vamo, Chape” tomaram conta da Arena do Grêmio, com um minuto de silêncio pelas vítimas do acidente aéreo.
Quando a partida começou, ainda com a emoção dos minutos anteriores, os jogadores também mostravam nervosismo para a grande final. Aos poucos, o clima foi se transformando, de fato, em de decisão.
Com a vitória por 3 a 1 obtida fora de casa, o Grêmio procurava cadenciar mais o ritmo da partida. Já o Galo precisava correr atrás do prejuízo para tentar o bicampeonato da competição nacional.
Por isso mesmo o time mineiro propunha o jogo, procurava se postar na frente para acuar o rival – que era empurrado por mais de 55 mil pessoas.
O tempo foi passando e a marcação gaúcha prevalecia sobre as investidas de Lucas Pratto, Robinho e companhia. Era preciso vazar Marcelo Grohe ao menos duas vezes. Mas, nas poucas vezes que os atleticanos não erravam a pontaria, o goleiro mostrava a segurança habitual.
O Tricolor gaúcho, por sua vez, procurava encaixar os contra-ataques, mas também não conseguia sucesso pelo empenho e raça que os dois times demonstravam.
O segundo tempo veio e, com ele, a confiança que aumentava do Grêmio e o desespero que tomava conta do Galo, que via o relógio andar rapidamente.
Os mineiros tentavam de todas as formas encontrar o caminho do primeiro gol para colocar de volta no jogo. Mas não havia formas de ameaçar. Os gremistas é que conseguiam criar as melhores chances. Victor, para variar, salvava.
A noite era gremista. Os comandados de Renato Gaúcho, com muita tranquilidade e levantando a torcida a cada toque na bola. Se o penta já era questão de tempo, foi sacramentado com gol de Bolaños, após bobeira da defesa rival. A festa estava completa.
Nem mesmo o golaço de Cazares no final, de antes do meio de campo – aquele que Pelé não fez – abaixou o tom do canto da torcida.
Ou melhor, a festa tricolor vai ficar completa se, por acaso, o rival Internacional cair no domingo.