Gol contra o Flamengo confirma retomada de Rodrigo Dourado no meio-campo do Inter
Volante, que assumiu a braçadeira de capitão com reserva de D'Alessandro, é um dos mais bem cotados do campeonato
Se faltava alguma coisa para carimbar o momento de Rodrigo Dourado como um dos melhores do futebol brasileiro entre os volantes, o gol marcado na quarta-feira, contra o Flamengo, terminou com a discussão. O novo capitão do Inter, que ostenta a braçadeira quando D’Alessandro está no banco, viveu uma de suas melhores noites no time. Comandou o meio-campo, acertou 32 passes, recuperou a bola 13 vezes (entre interceptações e divididas) e acertou a cabeçada que venceu Diego Alves e deu a liderança do Brasileirão para a equipe de Odair Hellmann. Está cada vez mais próximo de assumir a dianteira da disputa pela Bola de Ouro, o mais tradicional prêmio individual do campeonato.
Rodrigo Dourado é o baricentro do sistema defensivo colorado. Posicionado à frente dos zagueiros, concede à dupla Rodrigo Moledo e Victor Cuesta a condição de melhores do Brasileirão segundo o Footstats. Imediatamente atrás de Patrick e Edenilson, permite aos companheiros de meio que possam aliar à capacidade defensiva um elemento surpresa que se transformou em gols importantes, como contra Bahia e Atlético-MG, por exemplo.
— O tripé do meio ajuda as gente a se projetar quando está com a bola, e nos transforma em defensor quando não tem. Mas o principal é que essa formação aproveita o melhor de cada jogador — atestou o volante Patrick.
A solidez defensiva, de fato, é uma das principais marcas da equipe. De acordo com o levantamento do Footstats, para marcar um gol no Inter, é preciso chutar 21,2 vezes. Trata-se do número mais alto da década no Brasileirão.
— Estamos mais consolidados taticamente. As vitórias e performances geraram mais confiança para chegarmos mais fortes. Nada ocorre por acaso. É um grupo maduro, comprometido, experiente — comentou o técnico Odair Hellmann.
Dourado mantém a humildade. Evita falar no momento e na possibilidade de título. Para ele, a reviravolta foi apenas “fruto de trabalho”:
— Viemos trabalhando dia a dia, jogo a jogo. É bom que não falem da gente. Nosso objetivo é ficar na frente e chegar forte no final — disse, antes de completar, sobre o gol contra o Flamengo: — Sempre quando a gente toma um gol, é um baque, mas reagimos rápido para buscar.
Rodrigo Dourado contra o Flamengo
- 1 gol
- 8 duelos vencidos
- 2 faltas cometidas
- 32 passes certos
- 1 passe para finalização
- 5 interceptações