D’Ale fala sobre reencontro com Athletico, início de Zé Ricardo no Inter e amizade com Coudet
Meia colorado falou sobre a saída de Odair e a relação com o treinador do Racing, preferido para comandar o time na próxima temporada
O Inter reencontra o Athletico nesta quinta-feira pela primeira vez após a derrota na final da Copa do Brasil, mas a partida não terá nenhuma conotação especial para D’Alessandro. O meia argentino concedeu entrevista coletiva na véspera do duelo e disse que prefere focar na luta pelo G-4 do Brasileirão, ainda mais neste início de trabalho de Zé Ricardo no Beira-Rio.
Em 18 de setembro, o Colorado viu ruir o sonho do bicampeonato da Copa do Brasil ao perder em pleno Beira-Rio para o Furacão por 2 a 1. Na ocasião, D’Ale desfalcou o time, ainda comandado por Odair Hellmann, em razão de um desconforto na coxa direita. O reencontro, claro, faz reviver aquele embate, mas o camisa 10 prefere focar no crescimento do time no Brasileirão.
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– Não posso falar sobre o que não joguei. Não tive a sorte de não jogar. Você sofre mais. Não há revanche, são três pontos importantíssimos para quebrar esta sequência. Dependendo de resultados paralelos, podemos entrar no G-4, ou ficar perto, no bolo de cima na tabela para poder brigar até o final. Não como motivo de revanche. (O Athletico) É um time bem montado, que joga bem, com treinador e jogadores bons, que sabe utilizar suas armas – disse o meia.
“Não consegui jogar. Tem gente que acha que eu dei um migué, que não quis jogar. Será assim até o final, é desde 2008, seguirá até o final. Os espertos, que falam em rádio e na televisão, que sabem tudo” (D’Ale, sobre a ausência na final da Copa do Brasil)
O meia também foi questionado sobre uma provocação do Athletico ao Inter nas redes sociais. Em uma postagem no Twitter, o Furacão lembrou o Dia das Bruxas, a ser celebrado justamente nesta quinta, com uma provocação aos colorados. O clube diz que “voltará a um lugar conhecido, já assombrado no passado”, com uma montagem de Rony, autor do segundo gol no Beira-Rio, como um vampiro.
D’Alessandro evitou rebater e disse que não gosta de provocações nas redes sociais, mas lembrou que tudo que vai, volta. Seria um recado ou Athletico ou também ao colega Nico López? Na semana passada, quando o Grêmio foi goleado pelo Flamengo por 5 a 0 e acabou eliminado da Libertadores, o atacante auruguaio postou no Instagram uma mão aberta e um “boa noite”.
– Não sabia disso, mas faz parte nas redes sociais. Eu não uso para cornetar ninguém. Se tiver que falar, falo aqui. Uso mais para trabalhos sociais e coisas do jogo. Corneta sadia eu aceito. Eu não postaria, eu. O clube é o clube. O maior adversário perdeu e eu vou postar? Não posto. Tudo volta no futebol. Por isso que tentamos administrar muitas vezes. Quem tem cabeça boa não precisa, quem usa demais precisa administrar. Eu não concordo com essa falta de respeito nas redes sociais. Eu acho que o campo decide jogos – declarou.
Ao longo da coletiva, D’Alessandro também falou sobre a mudança na comissão técnica. Nos quase dois anos de Odair no comando, o camisa 10 mostrou sempre estar perto ao antigo chefe. Elogiou o trabalho do treinador anterior, mas também fez questão de valorizar a chegada de Zé Ricardo, que já colocou algumas de suas ideias em prática, como a aproximação dos atacantes a Paolo Guerrero.
– Gostava muito do Odair, não mentirei a vocês. Um cara que era funcionário do clube, não só treinador. Trabalhou 12 anos do clube, conhecia os cantos do clube, o grupo, fez campanhas boas, mas infelizmente não coroou com título. O futebol é assim, muito dinâmico. Óbvio que mantivemos coisas dele. Um trabalho de dois anos não se muda de um dia para outro. Hoje temos o Zé Ricardo. Já fez alguma coisa diferente. Mantivemos algumas cosias, mas óbvio que o treinador novo tem sua ideia, sua maneira de jogar – comentou.
Zé Ricardo assinou contrato com o Inter até o final do ano para comandar o Inter nas 11 últimas rodadas do Brasileirão. Antes de acertar com o treinador, o Inter tentou a contratação de Eduardo Coudet, mas o argentino não quis deixar o Racing naquele momento. O gringo falou da amizade com o treinador desde os tempos de River Plate, mas não revelou se ele estará no Beira-Rio na próxima temporada.
– Se falar que converso com ele (Coudet), vocês já vão dizer que quero contratá-lo. Não posso mentir. Tenho uma relação com ele desde 2001, 2002, uma relação antiga, mas moramos no mesmo bairro. Sempre nos falamos, falamos de futebol. Temos amigos em comum, fazemos churrasco em casa. Independente do que ocorrer, não depende de mim, mas da diretoria – garantiu.
