Crise no futebol antecipa processo eleitoral no Grêmio
Falta de títulos pesa muito contra presidente Romildo Bolzan Jr.
A eleição ocorre apenas entre o fim de outubro e o início de novembro, porém a corrida eleitoral começou já na madrugada de sexta-feira com a eliminação gremista na Libertadores. A disputa está em aberto depois do insucesso do presidente Romildo Bolzan Jr. no futebol no primeiro semestre de 2016.
A falta de títulos pesa muito contra o atual mandatário. A menos que o time abra uma grande vantagem no Campeonato Brasileiro, ele não poderá se apegar a conquistas na busca da reeleição. Fábio Koff, mesmo sem levantar taças, conseguiu eleger o sucessor com o seu apoio e o anúncio da compra da Arena, que, passado já mais de um ano e meio, ainda não se confirmou.
A aquisição do estádio pode ser a carta na manga de Romildo. Se conseguir finalmente concretizar a negociação com a OAS, que depende também do Banco do Brasil, do Banrisul e do Bradesco, o atual mandatário ganha um trunfo importante frente ao torcedor para permanecer no cargo pelo próximo triênio. Essa mudança estatutária foi aprovada pelos sócios na assembleia do ano passado.
Outra alteração em relação aos pleitos mais recentes é o adiamento em cerca de um mês da realização dos dois turnos. Agora, a disputa no Conselho Deliberativo acontece na última semana de outubro. Caso necessário, o associado votará no início de novembro. Restarão ainda três rodadas do Brasileirão e a final da Copa do Brasil. Todos os movimentos políticos — e são muitos — intensificarão as movimentações. Foi dada a largada à corrida eleitoral.