Alemanha faz protesto inédito na Copa do Catar: “direitos humanos são inegociáveis”
Jogadores alemães protestaram contra a falta de direitos humanos do país sede do Mundial; Alemanha se opõe à proibição de símbolos LBGT+ no torneio
Estreando na Copa do Mundo 2022 nesta quarta-feira (23), a Alemanha voltou a se manifestar contra as decisões do Catar. Momentos antes de iniciar a partida contra o Japão, a seleção europeia posou para uma foto de equipe e, com as mãos nas bocas, os jogadores alemães protestaram contra a falta de direitos humanos do país sede do Mundial.
A decisão do país europeu acontece após o Catar proibir que capitães usassem a braçadeira com as cores da bandeira LGBTQIA+, além dos dizeres ‘One Love’, durante a passagem pelo Mundial.
“Queríamos usar a nossa braçadeira de capitão para nos posicionarmos sobre os valores que defendemos na seleção da Alemanha: diversidade e respeito mútuo. Não se trata de uma mensagem política: os direitos humanos não são negociáveis”diz tweet da confederação alemã
Wir wollten mit unserer Kapitänsbinde ein Zeichen setzen für Werte, die wir in der Nationalmannschaft leben: Vielfalt und gegenseitiger Respekt. Gemeinsam mit anderen Nationen laut sein. Es geht dabei nicht um eine politische Botschaft: Menschenrechte sind nicht verhandelbar. 1/2 pic.twitter.com/v9ngfv0ShW
— DFB-Team (@DFB_Team) November 23, 2022
Antes da bola rolar, um dos árbitros assistentes foi conferir a braçadeira de capitão usada pelo goleiro alemão, Manuel Neuer. A FIFA ameaçou punir os atletas com a faixa do One Love com cartão amarelo.
Ministra alemã usa faixa
Por outro lado, uma autoridade alemã fez questão de utilizar a faixa LGBT+. A ministra do Interior da Alemanha, Nancy Faeser, publicou foto nas redes sociais vestindo o adereço, ao assistir à derrota da tetracampeã do mundo.