Equipes monitoram águas da Barragem do Arroio Duro após mortandade de peixes
Corsan e AUD se pronunciaram nesta quinta sobre a situação
A comunidade camaquense, está preocupada com a qualidade da água fornecida para a população. A preocupação ocorre em função da grande quantidade de peixes sem vida, que foram encontrados boiando na Barragem do Arroio Duro em Camaquã nesta semana.
Uma equipe de especialistas se deslocou da cidade de Osório e já está no local realizando os trabalhos necessários neste primeiro momento.
Os primeiros indícios apontam que a morte foi ocasionada pela falta de oxigênio na água, mas as causas deste déficit ainda são desconhecidas.
A gerente da Corsan em Camaquã, Catiane Peters Pacheco, afirmou nesta manhã que tomou ciência da situação nesta quarta-feira (28) e que imediatamente tomou providências com o intuito de averiguar a situação.
A Barragem do Arroio Duro possui uma grande extensão e na parte de captação de água, não foram encontrados peixes mortos, apenas em pontos isolados e não na sua totalidade.
De acordo com catiane, foram realizadas nesta quarta, coletas de água no local onde foram encontrados os peixes mortos e também no local de captação. Estas amostras foram encaminhadas no dia de ontem para o laboratório central da Corsan, onde deverão ser realizadas as devidas análises emergenciais de agrotóxicos.
Segundo catiane, a Corsan realiza periodicamente a coleta de amostras para a realização de exames. Ela afirmou que as últimas análises não tem apontado alterações no que diz respeito a qualidade da água. A mais recente coleta havia sido realizada no dia 14 deste mês, onde os resultados serão utilizados como comparativo para a análise emergencial.
O engenheiro agrônomo da AUD, Everton Fonseca, afirmou que a Associação tomou conhecimento do fato somente nesta quarta-feira (28), quando imediatamente entrou em contato com a secretaria de meio Ambiente e a Brigada Ambiental.
Everton Fonseca, destacou na manhã de hoje a preocupação que existe com relação as lavouras próximas a Barragem do Arroio Duro, que utilizam defensivos e insumos agrícolas em áreas próximas aos mananciais.
A AUD durante cinco anos coletou amostras de água do local, que foram encaminhadas para análise em laboratórios especializados que comprovaram traços de resíduos de agrotóxicos nas águas da barragem. A quantidade de resíduos apresentados é pequena e segundo os laudos, não apresenta riscos a população, de acordo com as normas do Ministério do Meio Ambiente (CONAMA). Os dados deverão ser divulgados em breve pela AUD, através de convênio firmado com o IRGA.
