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UFRGS pode desligar 239 estudantes suspeitos de fraudar cotas raciais

Dos 334 alunos denunciados por supostamente fraudarem as declarações raciais na universidade, 274 compareceram a comissão e apenas 13% deles tiveram sua alegação deferida


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 09/12/2017
 Tempo de leitura estimado: 00:00

A Universidade Federal do Rio Grande do Sul (UFRGS) divulgou nesta sexta-feira (8) o resultado preliminar da apuração de supostos casos de fraude no uso de cotas raciais. A comissão especial de aferição das autodeclarações dos estudantes, que verificou, em encontros realizados presencialmente no fim de novembro, se eles se adequavam às características étnico-raciais (preto, pardo ou indígena) que informaram durante a inscrição para o vestibular, indeferiu a declaração de 86% daqueles que compareceram às aferições.

Foram 334 os estudantes suspeitos de fraudar o sistema de cotas raciais. Desses, 274 (82%) compareceram à comissão especial de aferição. Dos que passaram pela verificação, apenas 35 (13% dos que compareceram) tiveram sua declaração deferida na avaliação preliminar realizada pela universidade. 

Quanto aos 60 convocados que não compareceram, a UFRGS informou que 27 estão afastados da universidade e serão novamente chamados quando retomarem seu vínculo. Os demais tiveram suas declarações indeferidas por não comparecimento, mas podem entrar com recurso para passar por uma verificação (confira a íntegra da nota ao final desta matéria).

 Os resultados foram comunicados aos alunos entre os dias 4 e 6 de dezembro. Aqueles que tiveram a declaração indeferida têm prazo de 10 dias, a contar do  recebimento do parecer da comissão, para apresentar recurso. O resultado final do processo será divulgado em 9 de janeiro. A universidade informa que abrirá processo de desligamento dos estudantes que não tiverem seu recurso atendido.

Estudantes relatam reação a posição da UFRGS

GaúchaZH conversou com dois universitários que passaram pela comissão, cada um com um resultado diferente emitido pelos avaliadores. Uma estudante de fora do Rio Grande do Sul, que não quis revelar a identidade, teve a declaração indeferida na quarta-feira (6). Ela afirmou que irá recorrer administrativamente, conforme orientado pela UFRGS. Caso perca, entrará com processo judicial contra a instituição. 

— Para a UFRGS, eu sou europeia, branca de olho azul. Depois de ver o relato de outras pessoas que são pardas ou negras e que tiveram a declaração indeferida, eu já esperava passar pelo mesmo, então não foi surpresa. Na minha opinião, eles aprovaram quem quiseram. Só me entregaram um papel ridículo, apenas com a assinatura das pessoas da comissão, que nem te olham na cara, e não te explicam nada — diz. 

Outro universitário, estudante do curso de Educação Física e que também não quis revelar o nome, teve a declaração deferida pela instituição na terça-feira (5). Ele conta que recebeu a notícia de forma “normal”. 

— Eu estava ciente de que tudo daria certo, não havia nada de mais. Eu estava com a consciência tranquila, já esperava uma definição positiva. Só teve o choque de ser observado pela comissão, mas foi tranquilo — disse.

Em 2018, verificação para ingressantes prevista em edital

A UFRGS vinha investigando alguns casos isolados de burla às cotas raciais até que, neste ano, coletivos negros ligados a diferentes cursos começaram a fazer levantamentos sobre fraudes. Com a união desses coletivos, surgiu o Balanta, movimento que entregou à universidade, em julho, um dossiê que apontava mais de 400 possíveis fraudadores. A partir dessa denúncia, a universidade fez uma triagem que resultou nos 334 casos avaliados.

A universidade montou duas comissões de cinco pessoas, que em quatro dias do final de novembro receberam os estudantes suspeitos, um de cada vez. Formadas por professores e técnicos da instituição, com diversidade de gênero e raça, as comissões fizeram uma aferição silenciosa, baseada apenas na avaliação do fenótipo, ou seja, das características físicas.

Além do procedimento montado para avaliar alunos que já estão matriculados, a UFRGS criou um sistema para verificar as autodeclarações dos ingressantes. O edital para o vestibular de 2018, publicado em outubro, informa que no ano que vem os candidatos terão de comparecer perante uma comissão de verificação da autodeclaração étnico-racial. Só poderão se matricular se esse comitê validar que são pardos ou pretos.

A UFRGS explicou, por meio de nota, o que acontecerá com os estudantes que não compareceram ao processo de aferição na data prevista. Confira, na íntegra, abaixo:

“Em relação aos 60 casos de não comparecimento, 27 estudantes estão oficialmente afastados da UFRGS, seja por motivos de saúde, estudos ou com a matrícula trancada. Estes serão convocados para a aferição assim que retomarem o seu vínculo ativo com a universidade. Há três casos de desistência formal de vaga desde o início do processo. Os demais foram indeferidos por não comparecimento. Neste caso, o aluno pode entrar com o recurso e pedir para ser aferido. A comissão ainda está analisando os procedimentos e prazos que irá adotar para as novas convocações.”


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