“Rotina e monitoramento das emoções das crianças é o mais importante neste momento”, destaca psicóloga
Tarcila Gianechini de Almeida, participou do programa Bom Dia Camaquã e explicou sobre a importância de estar atento às emoções das crianças e adolescentes neste período de isolamento social
A escola é um ambiente muito importante para as crianças e adolescentes, não apenas pelo papel fundamental na instrução, mas também pelo cuidado e atenção que os profissionais que ali trabalham, demonstram com os pequenos. Muitos casos de transtornos e doenças, por exemplo, são identificados pelos professores, além de maus tratos e diferentes formas de abuso.
A rotina turbulenta de trabalho e casa, faz com que muitas famílias acabem não percebendo alterações no comportamento de suas crianças. Em tempos de pandemia, os professores não estão lá para detectar possíveis problemas e informar aos pais. Então como saber identificar se existe algo errado com a sua criança e principalmente, como ajudá-la?
A psicóloga graduada pela Universidade Luterana do Brasil e Especialista em Terapia Cognitivo Comportamental na Infância e Adolescência, Tarcila Gianechini de Almeida, participou do programa Bom Dia Camaquã, na manhã desta segunda-feira (11). Ela explicou sobre a importância de estar atento às emoções das crianças e adolescentes neste período em que a rotina está totalmente diferente.
O primeiro conselho da psicóloga e educadora foi manter um diálogo aberto com os filhos, informando sobre o que está acontecendo neste momento. Ela destacou que é importante falar sobre a seriedade da situação, mas que também é preciso dosar, transmitindo tranquilidade e informando que tudo isso vai passar. Estar atento às mudanças no comportamento das crianças, alterações emocionais, de humor e também na alimentação, pode ajudar a reconhecer possíveis problemas.
Manter uma rotina é indispensável para ter uma vida saudável em casa, de acordo com a psicóloga. Cuidar os horários de dormir, acordar e se alimentar, são importantes para manutenção da vida, afinal em algum momento as atividades vão retornar e é preciso estar bem física e mentalmente.
Separar momentos para o lazer também é importante. Incluir as crianças e os jovens em atividades e tarefas comuns da casa podem se tornar bons momentos de interação em família. Ela explicou que chamar os filhos para cuidar do jardim, horta, ou participar da elaboração de uma refeição, podem ser opornidades de estreitar o relacionamento familiar e a criação de boas memórias. “Não importa o tempo, mas sim a qualidade dos momentos que os pais dedicam”, informou.
Os responsáveis devem ficar atentos ao uso exagerado de tablet, celular ou computador, regrando horários para o uso dos recursos tecnológicos. Usar essas ferramentas para manter os vínculos afetivos das crianças foi outra dica destacada por Tarcila. Deixar que a criança converse com os familiares distantes, com os amigos e até com os professores, podem ser momentos prazerosos que devem auxiliar durante este período.
“Rotina e monitoramento das emoções das crianças é o mais importante para sairmos deste momento com a saúde mental intacta”, destacou. Confira as demais dicas que a psicóloga deu acompanhando a entrevista completa a partir da 1h04 de transmissão:
