Núcleo de Pesquisas Históricas registra 19 anos de fundação
Foi no final do outono de 2001, no dia 05 de junho, que um grupo de abnegados cidadãos se reunia na sede da ADVOCAM/OAB para criar a entidade, que se tornaria uma referência regional; entenda
O Núcleo de Pesquisas Históricas de Camaquã – NPHC está registrando 19 anos de atuação e traz na bagagem incontáveis ações voluntárias dedicadas ao resgate da história e da preservação do patrimônio histórico e cultural do Município. Foi no final do outono de 2001, no dia 05 de junho, que um grupo de abnegados cidadãos se reunia na sede da ADVOCAM/OAB para criar a entidade, que se tornaria uma referência regional.
Ali estavam o saudoso escritor Barbosa Lessa, o bageense/camaquense João Máximo Lopes (idealizador e primeiro presidente), que juntamente com os ativistas Luiz Fernando Azambuja (atual presidente), João Alaor Pereira, Araguês Cassel de Alencastro, Alaor Nunes Rodrigues, o poeta Catullo Fernandes, entre outros nomes não menos expressivos, reuniam-se para lançar a célula mater do Núcleo de Pesquisas Históricas.
Impossível falar sobre o Núcleo de Pesquisas Históricas sem mencionar o escritor e pesquisador João Máximo Lopes. Aos 92 anos, o advogado tem uma forte ligação com a Costa Doce tendo aqui chegado em 1957. Ao longo de sua trajetória tornou-se um dos principais estudiosos da história regional, e sem sombra de dúvidas pode ser considerado o grande guardião cultural de Camaquã. Sua mais recente obra “Roteiro Farroupilha em Camaquã”, confirma o afeto e o reconhecimento que ele tem por este Município.
Aliás as obras publicadas pelo NPHC retratam a história de uma Camaquã praticamente esquecida ao longo dos anos, e que somente no século XXI, com a fundação do NPHC, foram resgatadas e editadas. Neste aspecto a entidade deixa um legado às futuras gerações, com os lançamentos de importantes obras literárias, muitas delas através da LIC/RS e da CORAG – um período muito produtivo em que Solange de Souza Vidal foi a secretária municipal da Cultura – como é o caso de “Camaquã, alvorecer, tempo e espaço”, de Divino Alziro Beckel, “São João Baptista de Camaquam”, de João da Silva e Azevedo, “Revolução Farroupilha em Camaquã”, de João Máximo Lopes. Outras obras que merecem destaque é o livro álbum “Camaquã – Terra Farroupilha”, que serviu de subsídio ao novo Plano Diretor do Município, e os livros/revistas “Camaquã 150 anos de História” e “Camaquã 200 anos de Fundação”, de Catullo Fernandes, e ainda a grandiosa obra de 648 páginas “Personalidades camaquenses – a história do Município por seus homens ilustres”, entre outros títulos de relevância.
Em sua trajetória o NPHC vem promovendo palestras, mostras e passeios turísticos demarcando roteiros históricos, e a identificação dos sítios históricos farroupilhas, além de inúmeras ações propositivas junto ao poder público municipal, e atividades em escolas visando levar conhecimento da história local às crianças e jovens. A entidade também tem levado sua experiência para toda a Região estimulando a fundação de instituições do gênero em São Lourenço do Sul, Arambaré, Candiota, Tapes e Cristal.