IFSul Camaquã promove live “Pandemia de COVID-19 e o impacto em nossas vidas”
Entrevista com o pesquisador sobre dinâmica populacional da COVID-19, Profº Dr. Pedro Hallal, acontece nesta quarta-feira (10), às 10h
Na manhã desta quarta-feira (9), o campus de Camaquã do Instituto Federal de Educação, Ciência e Tecnologia Sul-rio-grandense (IFSul) promove uma live para debater os impactos da pandemia de Covid-19 na vida dos gaúchos. A entrevista com o pesquisador sobre dinâmica populacional da COVID-19, Profº Dr. Pedro Hallal, acontece à partir das 10h.
Além da transmissão pela página do IFSul no YouTube, a live será retransmitida pela ClicTV, no portal Clic Camaquã e na fanpage do Clic Camaquã no Facebook.
Pesquisa da UFPel
Para cada caso confirmado de covid-19 segundo as estatísticas oficiais, existem sete casos reais na população dos principais centros urbanos brasileiros, de acordo com levantamento sobre a pandemia do novo coronavírus no Brasil realizado em 90 municípios. O dado é resultado da primeira fase do estudo Evolução da Prevalência de Infecção por Covid-19 no Brasil: Estudo de Base Populacional (Epicovid19-BR), coordenado pelo Centro de Pesquisas Epidemiológicas da Universidade Federal de Pelotas (UFPel), em parceria com o Ministério da Saúde.
“De cada sete pessoas com o coronavírus, apenas uma sabe que está ou esteve infectada. Isso é preocupante, visto que as demais seis pessoas que não sabem da infecção podem, involuntariamente, transmitir o vírus para outras pessoas”, disse o coordenador geral do estudo e reitor da UFPel, Pedro Hallal.
Para os pesquisadores, a comparação dos números estimados pela pesquisa e os números oficiais aponta para uma grande subnotificação do número de infectados pela covid-19.
A pesquisa testou se as pessoas tinham anticorpos para a doença, o que significa que já foram ou estão infectadas pelo novo coronavírus, podendo se tratar de casos assintomáticos. As estatísticas oficiais incluem pessoas que foram testadas, em geral, a partir da apresentação de sintomas.
No dia 13 de maio, véspera do início da pesquisa, essas 90 cidades somadas contabilizavam 104.782 casos confirmados e 7.640 mortes, conforme divulgado pelo estudo. No entanto, estimativa da pesquisa, realizada entre os dias 14 e 21 de maio, mostra que 760 mil pessoas estariam infectadas pelo novo coronavírus nessas cidades. “Os casos confirmados, que aparecem nas estatísticas oficiais, representam apenas a ponta visível de um iceberg cuja maior parte está submersa. Para conhecer a magnitude real do coronavírus, é obrigatória a realização de pesquisas populacionais”, disse Hallal.
Nesta primeira fase, foram testadas e entrevistadas 25 mil pessoas pelo país nas 133 cidades selecionadas, chamadas sentinelas. Elas são os maiores municípios das subdivisões demográficas intermediárias do país, de acordo com critérios do Instituto Brasileiros de Geografia e Estatística (IBGE). No entanto, os dados analisados nesta etapa abrangem 90 cidades, incluindo 21 das 27 capitais, em que foi possível testar pelo menos 200 pessoas em cada uma delas – que é uma amostra considerada representativa.
Pesquisa do IFSul
A fim de conhecer melhor a realidade da comunidade acadêmica e traçar protocolos de proteção mais efetivos no combate à propagação do Coronavírus, o IFSul iniciou a realização de pesquisas para identificar grupos de risco. A aplicação dos questionários possibilitará realizar uma estimativa do quantitativo de servidores, estagiários, profissionais terceirizados e estudantes que pertencem a algum grupo de risco da Covid-19 ou que convivem com pessoas pertencentes a esses grupos.
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Os resultados obtidos nas pesquisas servirão de base para a definição das estratégias de prevenção do contágio quando as atividades presenciais forem retomadas na instituição (atualmente, a suspensão das atividades presenciais está prevista até o dia 3 de junho, podendo ser prorrogada, conforme avaliação do avanço da pandemia). Sem data para finalização da pesquisa, os questionários ficarão disponíveis para a comunidade, e, a cada 15 dias, a instituição fará uma totalização das participações para acompanhar os resultados.
A proposta surgiu no câmpus Pelotas-Visconde da Graça, tendo sido elaborada e aplicada inicialmente por esta unidade. Posteriormente, a ideia foi levada ao Colégio de Dirigentes do IFSul, que decidiu estender o levantamento a toda a instituição. De acordo com o reitor Flávio Nunes, a iniciativa permitirá ter “um mapa da realidade das pessoas com as quais precisamos tomar ainda mais cuidado e que estão mais suscetíveis ao contágio”.