Governador recebe estudantes para tratar do passe livre estudantil
Ao todo, 22 mil estudantes, de 331 municípios, serão beneficiados com o benefício
O governador Tarso Genro recebeu, nesta quinta-feira (29), no Palácio Piratini, representantes da União Estadual dos Estudantes (UEE-RS), DCE-UFRGS e de movimentos estudantis para tratar do Programa Passe Livre. Tarso Genro destacou a legitimidade da mobilização e o compromisso do Executivo gaúcho com o diálogo: “sabemos que o processo enfrentou algumas dificuldades, mas também não existe nenhuma experiência correlata no país”, afirmou, ressaltando o pioneirismo da iniciativa.
O presidente da UEE-RS, Fábio Kucera, falou sobre o objetivo do ato e apresentou uma pauta com as demandas das entidades. “Defendemos e queremos a consolidação do passe livre”, observou.
Em reunião com os estudantes, a secretária de Assessoramento Superior, Mari Perusso, respondeu ponto a ponto a pauta de reivindicações: “essa política pública é resultado do diálogo que estabelecemos desde o início da gestão e do nosso compromisso com as demandas da juventude e a inclusão social de milhares de gaúchos e gaúchas”. Nesta sexta-feira (30) serão concluídos os primeiros repasses de recursos do programa.
Ao todo, 22 mil estudantes, de 331 municípios, serão beneficiados com um valor que varia entre 35% a 100% dos seus gastos com transporte escolar, conforme cálculo que considera a distância percorrida. O pagamento será realizado de forma retroativa ao mês de março de 2014 e no primeiro semestre representará R$ 7 milhões.
Na Região Metropolitana e nos aglomerados urbanos, 4.272 estudantes já estão utilizando o passe livre, sendo 2.775 através do cartão do programa e 1.500 por meio de bilhetes em papel, numerados, com nome, CPF e linha de ônibus usada pelo estudante. Atualmente, os documentos de 1.664 estudantes aguardam por análise ou reanálise da Metroplan.
Programa Passe Livre
Pioneiro no Brasil, o programa Passe Livre Estudantil foi instituído em 2013 e beneficia os estudantes com renda per capita de 1,5 salário mínimo regional (Faixa 1: R$ 868,00) e que moram em uma cidade e estudam em outra. Pela necessidade de operar nos sistemas de transporte público e privado, o programa foi instituído em duas modalidades: a do transporte público, de pagamento integral, que contempla Região Metropolitana e aglomerados urbanos; e a do transporte privado – fretamento – através de subsídio, que alcança os demais municípios do interior.