“É um projeto capenga e maldoso”, afirma vereador sobre reajuste de secretários de escolas
Segundo Claiton Silva, Projeto de Lei encaminhado pelo Executivo reduz o salário de secretários de escolas municipais de Camaquã
Nesta quarta-feira, 16 de novembro, o programa Bom Dia Camaquã recebeu o vereador e professor Claiton Silva, do Partido Democrático Trabalhista (PDT). No estúdio da ClicRádio, o vereador falou sobre o Projeto de Lei Complementar nº 1 de 2 de março de 2020, que dispõe de um reajuste dos salários de secretários de escolas municipais. Acompanhe a entrevista a partir de 1h20min:
“É um projeto capenga e um projeto maldoso. Ou faltou um pouquinho de habilidade na elaboração deste projeto ou teve um pouco de maldade, na verdade”, afirmou o vereador. Segundo ele, o mesmo problema já foi enfrentado na Câmara de Vereadores na primeira vez em que o projeto foi enviado e o mesmo aconteceu desta vez. Ele afirmou que entre as tramitações, não houve nenhuma retificação da Prefeitura, que segundo ele apenas “trocou seis por meia dúzia”.
Claiton destacou que o projeto precisa de adequações para ser aprovado. Segundo ele, é inadmissível um projeto que reduza o salário básico inicial da categoria, sem enquadramento de carreira, sem garantia de reposição salarial na Parcela Destacada e que desta forma, desvaloriza o trabalho dos profissionais.
Sobre a diferença que foi proposta para ser paga através de uma Parcela Destacada, o vereador afirmou que todos os benefícios, como por exemplo os triênios e novos ganhos na vida funcional, serão reajustados apenas pelo salário base e os 12% da Parcela Destacada não farão parte do reajuste, que será, desta forma, sempre 12% menor do que deveria.
O vereador criticou a forma como o projeto foi construído e afirmou que não houve diálogo com os secretários para a elaboração do mesmo. “O Governo fala muito em diálogo mas não pratica. Falar diálogo é uma coisa, realizar o diálogo é outra coisa”, afirmou. Segundo ele, não houve reuniões com os secretários, que também não foram atendidos e alguns deles, segundo o vereador, foram ameaçados ao questionar o reajuste.