Cpers vê riscos para o plano de carreira do magistério
Secretário Vieira da Cunha desmente
A vice-presidente do Cpers reconheceu, hoje, que o governo gaúcho está em iminência de modificar o plano de carreira do magistério. Solange Carvalho declarou que, entre as alterações feitas pelo Executivo no texto original do Plano Estadual da Educação, aprovado pela Assembleia na quarta-feira, uma modifica o trecho no qual o plano de carreira era considerado definitivamente consolidado.
“São diferentes sinais dados pelo governo Sartori e estamos permanentemente em alerta diante de eventuais ameaças. Um dos pontos da assembleia, amanhã, é a mobilização dos professores em defesa pelo nosso plano de carreira”, esclareceu. O sindicato espera 4 mil pessoas no Ginásio do Gigantinho, a partir do início da tarde. Por enquanto, não há sinalização de greve.
Já o secretário estadual da Educação desmentiu potenciais mudanças que possam atingir o magistério. Segundo Vieira da Cunha, mesmo que o governo tenha alterado a proposta original, vantagens foram mantidas no texto aprovado. “Nós não atacamos o plano de carreira, pelo contrário, nossa intenção foi oferecer garantias. Está claramente estabelecido, por nossa orientação, que todas as progressões de carreira já adquiridas pelos professores não são passíveis de retrocesso”, justificou.
O secretário da Educação também afirmou que uma das principais lutas do magistério, que é o cumprimento do piso nacional da categoria, foi privilegiada no Plano Estadual da Educação. Ele ponderou, contudo, que a medida está atrelada ao aporte de recursos da União.