Cpers prepara ações pelo interior do Rio Grande do Sul
Mobilização tem o objetivo de pressionar os deputados a votarem contra Projeto de Lei 148
Sem acordo na última reunião com governo estadual, realizada na quinta-feira, o Cpers/Sindicato promove nesta terça-feira novo Ato Público Estadual da Greve. A concentração será às 8h, em frente à sede do Sindicato (Av. Alberto Bins, 480).
A mobilização tem o objetivo de pressionar os deputados a votarem contra o Projeto de Lei (PL 148), que acaba com a cedência para os sindicatos, e as Propostas de Emenda Constitucional (PECs) em trami-tação na ALRS. “Nossa greve cresce a cada dia. Vamos mostrar para o governo a força dos educadores gaúchos”, destaca a presidente do Cpers/Sindicato, Helenir Aguiar Schürer. Esta semana também, nestas quinta e sexta-feira, o Cpers realiza a Caravana das Plenárias Macro Regionais de Mobilização. Serão realizados, no total, oito roteiros, que irão abranger os municípios que compõem os 42 Núcleos do Sindicato. O objetivo é realizar um amplo debate com a comunidade e fortalecer a discussão sobre a atual situação do Ensino.
Agenda das Plenárias (os núcleos em negrito sediarão a plenária e a organização geral da atividade):
Dia 21, quinta-feira
Roteiro 1 – Pelotas, Camaquã e Rio Grande
Roteiro 2 – Santa Maria, Santa Cruz do Sul, Cachoeira e São Gabriel
Roteiro 3 – Santana do Livramento, Bagé, Alegrete e Uruguaiana
Roteiro 4 – São Borja, Santiago, São Luiz Gonzaga e Cerro Largo
Dia 22, sexta-feira
Roteiro 1 – Porto Alegre (Plenária 1) – 38° e 39°
São Leopoldo (Plenária 2), Taquara, Guaíba, Canoas, Osório e Gravataí
Roteiro 2 – Caxias do Sul, Montenegro, Estrela, Bento Gonçalves, Guaporé e Vacaria
Roteiro 3 – Passo Fundo, Soledade, Lagoa Vermelha, Erechim e Carazinho
Roteiro 4 – Santa Rosa, Três de Maio, Três Passos, Frederico Wesphalen, Ijuí, Cruz Alta, Palmeira das Missões e Santo Ângelo.
Durante a reunião na Secretaria de Estado da Educação (SEC), no último dia 14, o secretário adjunto da Fazenda, Luiz Antônio Bins, apresentou números da situação financeira, alegando que as receitas estaduais somaram R$ 2,314 bilhões, enquanto as despesas chegaram a R$ 3,337 bilhões – déficit de pouco mais de R$ 1,023 bilhão. “Com isso, sobraram apenas R$ 119 milhões para pagar a folha salarial, na qual constam cerca de 350 mil matrículas”, disse o adjunto da Fazenda.
Atualmente, segundo ele, o RS gasta 54,1% dos recursos com servidores inativos e 75% da arrecadação é utilizada apenas para quitar a folha salarial. “Além disso, o déficit financeiro está superando R$ 1 bilhão por conta de receitas insuficientes para honrar as despesas, além da limitação cada vez maior de fontes extraordinárias de recursos”, afirmou. O secretário de Educação Ronald Krummenauer ressaltou a preocupação com os alunos atingidos pela greve. “Não é possível que o ano letivo seja colocado em jogo”, lamentou.