Cpers pede que pais não levem estudantes para as escolas nesta quinta
Já a Seduc orienta que escolas permaneçam abertas
O Cpers, sindicato que representa os professores da rede estadual de ensino, está orientando os pais ou responsáveis a não levarem os filhos para as escolas nesta quinta-feira, quando está previsto um protesto em função do parcelamento de salários do funcionalismo público gaúcho. A presidente da entidade, Helenir Schürer, espera ter grande adesão de educadores do interior do Estado ao ato. Helenir salientou que, como as entidades da segurança pública também vão parar, é temerário que os pais levem os alunos para a escola.
“Nós também estamos parando por conta da segurança. Quando não está parada, nós já temos problema. Com a Polícia Civil e a Brigada Militar não fazendo o policiamento, nós seríamos irresponsáveis se chamássemos os alunos para as escolas. Sem segurança, sem salário e sem aulas”, afirmou. Helenir destacou também que considera abusiva a ação do governo gaúcho, que parcelou os salários do funcionalismo público.
Os protestos previstos para esta quinta-feira devem afetar, principalmente, os servidores da Brigada Militar e Polícia Civil. A segurança ostensiva não deve ser realizada nas ruas. As delegacias só devem registrar ocorrências consideradas graves. Outros sindicatos ligados ao funcionalismo gaúcho também vão aderir ao ato.
Seduc orienta escolas a permanecem abertas
Já a Secretaria da Educação divulgou nota informando que respeita as manifestações dos servidores marcadas para amanhã, mas orienta que os estabelecimentos de ensino permaneçam abertos e em funcionamento normal. De acordo com a Secretaria, “o parcelamento de salários não é um ato de vontade, mas fruto da crise financeira do país e da situação estrutural do Estado”.
A nota esclarece ainda que “a eventual redução de períodos traz prejuízos para a comunidade escolar, especialmente para os alunos. A manutenção das aulas é um direito dos estudantes e um compromisso que deve ser observado pelos professores. As ocorrências deverão ser registradas pelos diretores das escolas. Para que ocorra a validação do ano letivo, será exigido pela Secretaria da Educação o cumprimento da carga horária mínima estabelecida pela Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional”.