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Artista Gaúcha cria “Arte Política” com representação dos números da violência contra a mulher

Os números, divulgados em março deste ano pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, serviram de base para que ela criasse a intervenção


Por Redação/Clic Camaquã Publicado 18/07/2022
 Tempo de leitura estimado: 00:00
Foto: Divulgação/ Reprodução

“É um dado alarmante e constante”, diz a artista visual Fernanda Gassen sobre o fato de uma mulher ser estuprada a cada dez minutos no Brasil. Os números, divulgados em março deste ano pelo Fórum Brasileiro de Segurança Pública, serviram de base para que ela criasse a intervenção “Uma a cada dez”, que está em exposição no Instituto Ling, em Porto Alegre, e pode ser visitada gratuitamente até o dia 30 de julho.

“Eu trabalho a partir dessas pesquisas sobre a violência. Eu tento operar uma transformação desses dados. A ideia foi dar dimensão ao dado. Uma mulher a cada dez minutos, como eu poderia representar isso para a pessoa que está ali, diante daquele trabalho, entender de outra forma?”

A convite da curadora do projeto Ling Apresenta, Luísa Kiefer, Fernanda começou a pensar em como elaborar a intervenção que faria na parede de 6 metros por 2,80 metros. “Fiquei pensando sobre o que fazer, como fazer pra usar esse espaço que é tão grande, que tem uma dimensão maior que a gente.”

Fernanda desenhou 1.440 retângulos para ilustrar cada minuto do dia, preenchendo alguns deles com aquarela para marcar os números de estupro e feminicídio no Brasil. Os pintados de laranja lembram que, a cada sete horas, uma mulher é morta; enquanto os em azul mostram que, a cada dez minutos, uma é estuprada. O azul foi escolhido pela representação da água, que remete ao choro e à lágrima.

Ela entende que incluir mais de um indicador no trabalho, foi como fazer uma sobreposição de violências. “Me interessava deixar essas camadas de informação expostas.” É nessa outra visualização abstrata da realidade, que os visitantes são provocados. “Expor de outra forma para que a gente tenha esse impacto diferente diante dos dados, que não são dados, são pessoas.”

“O trabalho artístico é eminentemente político de origem, mas ele também, às vezes, versa especificamente sobre temas sócio-políticos e essas demandas que estão no nosso dia a dia e que a gente é impactado.”

A artista destaca que já fez outros trabalhos dentro do espectro da violência de gênero. “O que está na parede tem a ver com o meu processo artístico, eu tenho alguns trabalhos que versam sobre esse assunto maior que é a violência contra a mulher.” Em outra obra, -46186, de 2019, ela se baseou no Mapa da Violência 2015 – Homicídios de mulheres no Brasil. Os trabalhos estão no site da artista.

No caso de “Uma a cada dez”, seguindo a proposta do centro cultural, a obra é efêmera, depois que passar o período da mostra, ela será apagada e outro artista fará nova intervenção na mesma parede.

Diálogo com o jornalismo

Fernanda, que também é professora de artes visuais do ensino fundamental do Colégio Aplicação da UFRGS, pesquisa os temas de interesse em sites de notícias e, a partir disso, começa o processo criativo. “Em geral, esses dados de pesquisa vêm das reportagens.”

Da leitura das informação à obra, há um longo de processo de transformação. “Quando cheguei nessa forma de usar um dia, tive que entender como fazer para formalizar um dia na parede.” A criação exigiu cálculos para preencher a área da parede e representar essas mulheres, que se repetem em retângulos, em violências e no tempo.

A artista lembra que as pesquisas apresentam os dados que são coletados, “e a gente sabe que tem muitos dados que não são coletados. Aquilo é só uma sombra do que realmente acontece.”

*Texto: G1 RS.


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